RH de empresa de MS erra código Pix e deposita R$ 8,6 mil em conta errada
O setor financeiro de uma empresa de Campo Grande perdeu R$ 8,6 mil após realizar um depósito em conta errada.
Conforme o registro policial, o caso aconteceu na manhã de quarta-feira (5), após a empresa se enganar e errar a chave Pix por um número.
A vítima, uma mulher de 52 anos, percebeu o equívoco no momento em que apareceu o comprovante, que constava o nome de uma outra pessoa.
Aproveitando que o código era o telefone, a funcionária ainda tentou entrar em contato com a pessoa que recebeu o valor. Como resposta, a suspeita de crime respondeu que a neta dela resolveria a situação e devolveria a quantia. Contudo, após essa devolutiva, a vítima foi bloqueada na rede social e não teve mais respostas. O valor total apropriado pela suspeita foi de R$ 8.627,56.
O caso foi registrado como crime de Apropriação Indébita na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro e segue em investigação pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.
Crimes virtuais aumentam em MS e polícia dá dicas para se proteger
Com o avanço tecnológico, os crimes virtuais têm se tornado cada vez mais frequentes e feito mais vítimas, inclusive em Mato Grosso do Sul. Os casos estão ficando mais frequentes devido à digitalização dos serviços e das ferramentas online disponíveis à população.
O crime é chamado de estelionato virtual, que consiste em fraude, enganação ou indução ao erro, vantagem ilícita para próprio benefício ou para terceiros.
Segundo a Polícia Civil do Estado, a popularização da internet e o avanço das tecnologias ampliaram o número de pessoas expostas a armadilhas digitais e a pandemia de Covid-19, em 2020, também acelerou a digitalização de serviços, aumentando a dependência de ferramentas online e tornando os usuários mais vulneráveis a golpes.
“As consequências do estelionato virtual podem ser devastadoras para as vítimas, incluindo a perda de grandes quantias de dinheiro, danos à reputação e, em muitos casos, o comprometimento de dados pessoais e bancários", afirmou o delegado titular da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Centro, Rodrigo Camapum.
Crimes virtuais mais comuns
Há vários tipos de estelionato virtual, mas entre os mais comuns estão:
- Golpes bancários e financeiros: Criminosos usam engenharia social para obter acesso a dados pessoais e contas bancárias ou induzir as vítimas a fazer transferências sob falsas promessas ou ameaças.
- Golpes por mensagens e aplicativos: Golpistas se passam por pessoas conhecidas para solicitar dinheiro via aplicativos de mensagens.
- Golpes de relacionamento e extorsão: Estelionatários criam perfis falsos para conquistar a confiança das vítimas e extorquir dinheiro ou ameaçá-las com a divulgação de conteúdos íntimos.
- Fraudes em compras online: Criminosos se passam por compradores ou vendedores em plataformas de e-commerce para desviar pagamentos ou não entregar os produtos adquiridos.
Atenção
Para evitar cair em golpes digitais, adote as seguintes medidas de segurança:
- Nunca compartilhe senhas ou códigos de verificação.
- Ative a autenticação de dois fatores em suas contas.
- Evite clicar em links desconhecidos ou suspeitos.
- Não compartilhe conteúdos íntimos, mesmo com pessoas de confiança.
- Desconfie de relacionamentos virtuais que evoluem rapidamente.
- Realize compras apenas em sites reconhecidos e evite negociações fora de plataformas oficiais.
- Questione preços muito baixos ou propostas com promessas de ganhos fáceis.
Caso seja vítima de algum golpe do tipo financeiro, a orientação é notificar imediatamente o banco para que medidas adicionais de segurança sejam adotadas, como bloqueio do aplicativo e senha de acesso.
A vítima também deve fazer um boletim de ocorrência na delegacia de Polícia Civil.
*Colaborou Glaucea Vaccari
sábado, 8 de março de 2025