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terça-feira, 14 de novembro de 2023
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

O que acontece no seu corpo quando você sente muito calor

 


Como o seu organismo possui um regulador térmico automático, basta a temperatura subir para que o suor apareça com seu efeito refrigerador. Mas quando o calor externo persiste e a umidade aumenta, esse mecanismo natural pode não dar conta do recado.

O problema é que o excesso de calor incomoda as práticas do dia a dia, e ainda pode prejudicar o cérebro e outros órgãos vitais. Essa sensação extrema está relacionada a incômodos que são conhecidos pelos médicos como doenças por calor, que não se confundem com a febre decorrente de uma infecção e nem com os típicos fogachos da menopausa.

Humanos são homeotérmicos, isto é, são capazes de manter a temperatura corporal equilibrada entre 36.6°C a 37°C, bem como regular limites entre 35°C e 41°C. Nos últimos anos tem crescido a relação entre dias seguidos de calor intenso e hospitalizações no mundo inteiro. Quando comparados homens e mulheres, os primeiros são os mais afetados, possivelmente por exercerem mais atividades ao ar livre.

O que você ganha com isso

Os efeitos do excesso de calor corporal dependerão de sua intensidade —leve a grave, e ainda de fatores como idade e a presença de outras doenças.

De modo geral, quando o quadro é leve, as manifestações mais comuns são:

  • Rubor da pele
  • Fraqueza
  • Tontura
  • Náuseas
  • Dor de cabeça e/ou diarreia
  • Inchaço nas extremidades (pés e mãos) Todas essas situações são consideradas autolimitadas. Isso significa que elas passam sozinhas e sem maiores complicações, tão logo se promova o retorno da temperatura à normalidade por meio do resfriamento do ambiente e pela hidratação adequada.

    Mas quadros moderados a graves podem ter como consequências as seguintes situações:

    • Cãibra
    • Exaustão por calor

    Você passa a ser presa fácil das contrações musculares

    Mais relacionadas ao esforço muscular, as cãibras decorrentes do calor geralmente afetam músculos maiores como os do abdome, pernas ou braços. A razão para isso é o desequilíbrio de eletrólitos, ou seja, minerais como sódio, potássio, magnésio, etc.

    Com o suor excessivo, além da perda desses minerais, náusea, fadiga e taquicardia podem acompanhar o quadro. Pessoas que naturalmente suam muito durante os exercícios são mais propensas a elas.

    Você pode ser vencido pelo calor

    Nesse caso, expor-se a altas temperaturas por um grande espaço de tempo pode levar ao aparecimento de vários sintomas ao mesmo tempo: cansaço, enjoo, tontura, dor de cabeça, sede excessiva, cãibras, bem como redução do volume da urina, confusão mental, pele quente e seca.

    Os mais suscetíveis a esse quadro são os idosos, pessoas com hipertensão e os que trabalham ou praticam exercícios em ambientes quentes.

    A depender da intensidade da atividade física, nem é preciso que a temperatura externa seja tão elevada para que esse quadro se instale.

    O risco aqui é que tal situação evolua para a hipertermia —ou seja, o aumento exagerado da temperatura corporal que faz que o corpo perca sua capacidade de autorregulação. Casos extremos podem ter como consequência a insolação, que requer cuidados imediatos e é considerada uma emergência médica.

    A manutenção desse estado, sem intervenção, pode ainda ter efeitos no SNC (Sistema Nervoso Central): os possíveis resultados descritos pela literatura médica são: alterações na marcha, convulsões, delírio e coma.

    Como o corpo se equilibra

    Imagem
    Imagem: Reprodução

    A temperatura corporal é o resultado da produção metabólica do calor, que se altera a depender de determinadas condições térmicas externas, fazendo o corpo ganhá-lo ou perdê-lo.

    Esse mecanismo é colocado em ação por meio de receptores térmicos existentes na pele, em órgãos internos, além da medula espinhal, que possuem terminações nervosas que se comunicam com o cérebro. É a partir dele que se promove a adaptação térmica para equilibrar o aumento ou a queda da temperatura.

    Fatores de risco

    Para além da óbvia maior exposição às altas temperatura e umidade, outras situações e condições podem elevar ainda mais a sensação de calor e o risco para os problemas associados. Confira:

    Ondas de calor, definidas como temperaturas igual ou maiores que 32.2°C por 3 dias seguidos

    Extremos de idade (crianças e idosos)

    Profissionais que trabalham expostos ao sol Obesidade

    Infecções

    Hidratação

    Consumo de álcool

    Uso de determinados medicamentos como diuréticos (hidroclorotiazida); anticolinérgicos (rivastigmina); anti-histamínicos (loratadina); anfetaminas (sibutramina)

    Enfermidades como o diabetes, doenças de pele (psoríase, por exemplo ), doenças cardiovasculares
    Atletas e adolescentes, dada a maior e intensa atividade ao ar livre

    Atenção com bebês e idosos

    Extremos de idade podem ser mais suscetíveis aos males relacionados ao calor extremo.

    No caso dos bebês, o principal motivo para isso é a desproporção entre a área de superfície da pele e o volume corporal deles, o que leva ao maior ganho de calor ambiental, ao mesmo tempo em que a velocidade na refrigeração pelo suor também é menor.

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