Suspeito de chefiar roubo de avião de Almir Sater é preso na Bolívia e expulso para o Brasil

Laudelino Ferreira Vieira, o Lino, de 44 anos, foi preso pela Polícia da Bolívia e entregue às autoridades brasileiras na tade de quarta-feira (25). Ele fugiu da Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande no dia 2 de junho de 2021 e foi capturado na segunda-feira (23) em ação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Boliviana em Santa Cruz de la Sierra, que fica distante cerca de 650 quilômetros de Corumbá.

Com mais de 80 anos de condenação por vários crimes, Lino é líder de organização criminosa em Mato Grosso do Sul. Conforme o Diáro Corumbanese, para o entregar para PF, foi montado um forte squema de segurança foi montado na linha internacional entre as cidades bolivianas de Puerto Quijarro e Puerto Suárez com Corumbá. Antes de ser entregue, ele passou pelo setor de Imigração da Bolívia, que oficializou a expulsão do país vizinho. Em seguida, foi entregue aos agentes da Polícia Federal, que seguiram com ele até a sede do Instituto Médico e Odontológico Legal (IMOL) para exame de corpo de delito. As equipes da Polícia Militar também deram apoio ao comboio. Diante disso, Lino deve retornar para Campo Grande. Vale destacar que no dia 23 de outubro, Laudelino foi preso em uma área da urbanização Valle Sánchez, em Santa Cruz. Durante o depoimento, o brasileiro tentou enganar os policiais, alegando que seu nome era Claudimar Ferreira, mas depois acabou confessando sua verdadeira identidade. Laudelino Ferreira Vieira foi um dos mandantes do roubo de três aeronaves do Aeroclube de Aquidauana –139 quilômetros de Campo Grande, que ocorreu no mês de setembro de 2021. Ele teve o nome citado em depoimento de um dos envolvidos na época.

Ele também matou o empresário Luís Fernandes de Carvalho em Corumbá no ano de 2004. Se somadas, suas condenações nos mais diversos crimes ultrapassam 80 anos de prisão. 

Já em 2015, ele foi condenado a 22 anos de prisão em regime fechado pela tentativa de assassinato de policiais rodoviários federais em 2010, quando ele e um comparsa foram baleados após furar um bloqueio e disparar 10 tiros contra as equipes na BR-262, em Terenos. Eles tentavam trazer cocaína da Bolívia.

Sendo assim, Lino foi condenado por tentativa de homicídio, tráfico de drogas e uso de documentos falsos, em nome de Jairo dos Santos. Ele cumpria pena na Máxima de Campo Grande quando fugiu durante o expediente de limpeza da unidade, pois, ele tinha autorização para trabalhar na faxina da escola localizada no interior do presídio. A suspeita é de que ele tenha se escondido em um dos carros de empresa terceirizada.