Este sintoma repentino ocorre até uma semana antes do AVC
Alguns derrames podem ocorrer sem que a pessoa perceba. No entanto, às vezes, um AVC começa a desencadear sintomas de alerta nos dias que antecedem o evento. O delírio repentino é um destes sintomas.
O delírio é um distúrbio neurocognitivo transitório caracterizado por sintomas cognitivos, psicomotores e comportamentais. As principais características incluem distúrbios de atenção e consciência, início agudo e flutuações na gravidade dos sintomas. Além disso, muitos pacientes apresentam sintomas de miniAVC até uma semana antes de um AVC grave.
Um acidente vascular cerebral (AVC) ocorre quando o fornecimento de sangue a uma parte do cérebro é bloqueado ou quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe.
MiniAVC ou miniderrames referem-se a um ataque isquêmico transitório (AIT), que é desencadeado por uma interrupção temporária no suprimento de sangue a uma parte do cérebro.
O que acontece no delírio repentino?
Um estudo, publicado na revista da Academia Americana de Neurologia, descobriu que um dos sinais comuns de AIT é delírio repentino ou confusão. Este sintoma pode fazer com que você não consiga pensar ou falar com clareza.
A equipe de pesquisa examinou 2.416 participantes que sofreram acidente vascular cerebral isquêmico. Eles descobriram que em 549 pacientes, os AITs apareceram antes da emergência real e aconteceram dentro de uma semana, levando a um acidente vascular cerebral na maioria dos casos.
Como identificar alguém com delírio?
Uma pessoa com delírio pode sentir-se desorientada e ter dificuldade para prestar atenção ou lembrar-se de coisas.
Se a pessoa tiver dificuldade de responder perguntas como: “Qual o seu nome?” ou “Que dia é hoje?”, provavelmente precisarão de ajuda médica.
É importante não ignorar os primeiros sinais de alerta e procurar ajuda imediatamente, pois um acidente vascular cerebral mais grave pode ter consequências significativas e duradouras, dependendo da área do cérebro afetada e da extensão do dano.
Consequências de um AVC
As consequências de um AVC podem variar de leves a graves e podem incluir:
- Paralisia ou fraqueza muscular
- Dificuldades na fala e na linguagem
- Problemas de raciocínio e memória
- Alterações sensoriais, resultando em problemas de visão, audição, olfato ou paladar
- Mudanças de humor, depressão, ansiedade ou irritabilidade
- Problemas de deglutição
A reabilitação é fundamental para ajudar os pacientes a recuperar a função e a independência após um AVC grave. Isso pode envolver terapia física, terapia ocupacional, terapia da fala, acompanhamento psicológico e apoio de cuidadores e familiares.
O suporte contínuo, a adaptação do ambiente e as estratégias de autocuidado podem ajudar a melhorar a qualidade de vida e a funcionalidade de indivíduos que sofreram um AVC grave.
Catraca Livre
quinta-feira, 26 de outubro de 2023