O sumiço das 13 metralhadoras calibre .50, que podem derrubar até aeronaves, e das oito metralhadoras calibre 7,62 está sendo investigado exclusivamente pelo Exército. O Comando Militar do Sudeste (CMSE), na capital de São Paulo, e o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), em Brasília, enviaram comitivas para apurar o extravio do arsenal.
Fontes do g1 avaliam se o furto das metralhadoras ocorreu por alguma falha da segurança do Arsenal de Guerra ou se algum militar pode estar envolvido no crime.
Até a última atualização desta reportagem, no entanto, nenhum suspeito foi identificado ou preso. E nenhuma das metralhadoras havia sido recuperada. Ainda não há confirmação se criminosos entraram na base e se alguma câmera gravou o desaparecimento das armas.
Segundo o Instituto Sou da Paz, este foi o maior desvio de armas de uma base do Exército brasileiro desde 2009, quando sete fuzis foram roubados por criminosos de um batalhão em Caçapava, interior de São Paulo. Naquela ocasião, a polícia paulista recuperou todas as armas e prendeu suspeitos pelo crime, entre eles um militar.
No caso de furto das armas em Barueri, o Exército não registrou boletim de ocorrência na polícia. Apesar de não investigar o crime, a Polícia Civil tenta encontrar as metralhadoras que sumiram. A Polícia Militar (PM) também está realizando operações nas ruas para buscar o armamento.
Agentes das forças de segurança do estado analisam ainda câmeras de monitoramento de Barueri para saber se elas gravaram alguma pessoa ou algum veículo suspeito de transportar as armas do quartel.
Neste final de semana, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, disse que o furto das metralhadoras pode ter “consequências catastróficas” se as armas forem para o crime organizado, podendo colocar em risco a população.
Armamento é ‘inservível’, diz Exército
Por meio de nota, o Exército informou que o arsenal levado é “inservível”, ou seja, não estaria funcionando e passaria por manutenção. Militares ouvidos pelo g1 disseram que as metralhadoras teriam sido retiradas aos poucos do quartel para não chamar a atenção.
“A investigação segue em curso e está sob sigilo. Temos total interesse em informar e enviaremos as atualizações do caso quando for oportuno”, informou o CMSE na segunda-feira (16).
Fonte: g1/ML