Ribas do Rio Pardo (MS): Menina de 3 anos é picada por escorpião um mês após morte de outra criança
Uma criança, de 3 anos, foi transferida para a Santa Casa de Campo Grande após ser picada por um escorpião, na madrugada deste domingo (24). O caso ocorreu um mês após uma criança morrer por também ser picada.
Conforme informado pela Secretária de Saúde de Ribas do Rio Pardo, onde o caso ocorreu, a criança foi transferida para Campo Grande, devido à gravidade do caso.
O hospital não informou o estado de saúde da paciente.
O caso chama atenção, pois uma criança faleceu após ser picada por um escorpião também em Ribas do Rio Pardo.
Criança morre após ser picada por escorpião
Uma criança, de 5 anos, morreu após ser picada por um escorpião no mês passado. O caso ocorreu em Ribas do Rio Pardo, mas a morte ocorreu no Hospital Regional, em Campo Grande.
A vítima foi transferida para tratar o caso, mas não sobreviveu. Ela teria sido picada pelo escorpião ao colocar um sapato, enquanto se arrumava para ir à escola.
Duas mortes de crianças em 2022 causadas por escorpião
No ano passado, duas crianças, uma menina de três anos e um garoto de sete, de Paranaíba e Cassilândia, morreram por picada do animal peçonhento. A incidência pode ter influência com o clima úmido e calor intenso.
O ataque de escorpião a duas crianças em um curto espaço de tempo reacendeu um grave alerta para as picadas desse animal, que podem levar à morte.
Em caso de acidente, o paciente deve ser levado para tratamento imediato. Porém, em Mato Grosso do Sul nem todas as cidades disponibilizam soro antiescorpiônico.
Procure um médico
Levantamento do Civitox MS (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica de Mato Grosso do Sul) aponta 3.205 ataques de escorpiões em 2022, sendo 1.101 em Campo Grande.
O responsável clínico do Civitox MS e professor adjunto de dermatologia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Alexandre Moretti de Lima, explica que a primeira coisa a fazer após uma picada de escorpião é procurar imediatamente o atendimento de emergência para verificar a gravidade do acidente.
“É importante levar o escorpião porque no posto de saúde vai tirar foto e mandar para os biólogos do Civitox para analisar a espécie”, ele orienta.
Geralmente, com o uso de pá ou vassouras, as pessoas empurram o escorpião para dentro de um frasco.
Alexandre afirma que a maioria dos casos é leve e os tratamentos geralmente são para dor. Contudo, há uma parte de casos moderados e graves que necessitam de soro antiescorpiônico.
Como evitar o escorpião?
Campo Grande ainda não vive a época mais propícia para aparecimento de escorpiões, que seriam primavera e verão.
Contudo, como o inverno no Estado tem a tendência de ser mais quente, alguns animais saem das tocas, bueiros, esgotos e caixas de gordura à procura de alimentos.
“É importante manter o condicionamento dos lixos sempre fechados, armazenados em locais específicos, evitar entulhos, deixar sempre limpo terrenos baldios. Em casa, é fundamental fechar ralo, frestas, colocar água sanitária nos ralos, nos buraquinhos em que eles podem sair, diminuindo a proliferação”, explica o especialista.
Todas essas dicas são importantes para evitar o aparecimento de escorpiões e dos insetos, como baratas e moscas – que são os alimentos do animal peçonhento.
“A dedetização ajuda a controlar os insetos. Se controla os alimentos, você não traz o escorpião para próximo do ser humano”, afirma Alexandre.
Ele também ressalta a importância de monitorar as crianças, já que elas são as mais vulneráveis para casos graves. Os sintomas iniciais que indicam sinal da gravidade são náuseas, vômitos, salivação e palidez.
Para orientação ou tirar dúvidas, os telefones do Civitox são (67) 3386-8655, 0800-722-6001 e 150.
terça-feira, 26 de setembro de 2023