O que acontece no seu corpo quando você vive segurando o xixi
Diferente de outras funções do organismo, segurar ou não o xixi é um dilema orgânico só possível porque a natureza colocou nas mãos dos humanos o poder de decidir a melhor hora de ir ao banheiro. Mas essa vantagem fisiológica impõe uma condição: ter mais respeito pelo complexo trabalho do sistema urinário.
Rins, ureteres, bexiga e uretra formam o conjunto de órgãos envolvidos na formação e drenagem da urina, líquido orgânico composto do excesso de água e outras substâncias desnecessárias ao organismo. A produção de xixi pelos rins é constante. Ele flui por meio dos ureteres em direção à bexiga, que é encarregada de armazená-lo. Na parte inferior desse órgão flexível há um músculo (esfíncter urinário), que se contrai para garantir que o canal por onde a urina sai (uretra) permaneça fechado.
150 a 180 litros de sangue são filtrados diariamente pelos rins para remover produtos de excreção (ureia, excesso de minerais e medicamentos) e equilibrar os fluídos orgânicos.
A bexiga funciona como um reservatório: a feminina tem capacidade de armazenar cerca de 400-450 ml; a masculina, cerca de 500-550 ml.
De onde vem a vontade de fazer xixi
Quando a bexiga está cheia, ela se comunica com a medula através dos nervos. Basta a mensagem alcançar o cérebro para que ele dispare o desejo de urinar.
Nessa hora, é possível decidir entre eliminar ou reter temporariamente o xixi. Uma vez que se decida urinar, o esfíncter relaxa, a urina passa, ao mesmo tempo em que a bexiga se contrai, promovendo o completo esvaziamento.