Sete mulheres foram assassinadas nos primeiros meses de 2023 em MS
O primeiro quadrimestre de 2023 foi marcado por sete assassinatos de mulheres, em Mato Grosso do Sul.
O primeiro caso aconteceu no dia 13 de janeiro, em Campo Grande. Claudineia Brito da Silva, 49 anos, foi morta a facadas pelo marido.O homem foi preso em flagrante. O casal discutiu enquanto ingeria bebidas alcoólicas e a vítima deu um tapa no rosto do companheiro.
O suspeito revidou, atingindo a vítima com golpes de faca no pescoço.O último caso, aconteceu em Novo Horizonte do Sul, a 326 quilômetros de Campo Grande.
Janete Batista Malheiro Lelis, 44 anos, foi morta a facadas no dia 8 de abril, dentro da própria casa.
Ela foi morta com pelo menos oito golpes de faca.
O suspeito de matar a vítima, é o marido dela, de 35 anos.
Campo Grande
Conforme dados extraídos da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), dois casos foram registrados em Campo Grande.
O último caso ocorrido na Capital aconteceu no dia 28 de março.
Albina Freitas Ribas estava no estacionamento de um supermercado, no cruzamento das ruas Jaime Cerveira e Francisco Pereira Coutinho, no Jardim Anache. Ela olhava o celular, quando o ex-marido, Jair Paulino da Silva, 52 anos, surgiu a pé e a surpreendeu com um tapa.
O celular de Albina ''voou'' por cerca de quatro metros. Logo depois, ele sacou uma faca do cós do short e passou a golpear a mulher. Albina tentava se defender usando o braço, mas, em dado momento, ele manteve a cabeça dela abaixada e deu várias estocadas na nuca.
O suspeito só parou o ataque quando a vítima caiu.
O agressor foi preso minutos depois e levado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, a DEAM.
Lei
A lei de feminicídio foi criada em 2015 e desde lá, muitas mulheres foram mortas e o número sempre foi aumentando consideravelmente. Em seu primeiro ano de vigência, foram 15 registros de vidas ceifadas pelos homens.
No ano seguinte, o número dobrou e subiu para 34. Em 2017, caiu para 28 mulheres mortas e aí entrou uma gangorra: 2018 teve 31 feminicídios, em 2019 houve a queda para 29, mas 2020 havia sido o pico de mortes com 38 registros de mortes violentas contra as mulheres - ano em que, coincidentemente, houve o início da pandemia.
Muitas ocorrências registradas foram atribuídas pela reclusão das pessoas em suas casas. No principal ano da doença em Mato Grosso do Sul, em 2021, houve 31 mortes, apresentando uma queda.
Mas aí, 2022 apresentou um grande e terrível cenário para as mulheres: 43 feminicídios ao longo dos doze meses do ano.
O que é uma violência doméstica? E como podemos definir essa qualificação.
A violência doméstica e familiar contra a mulher é considerada qualquer ação ou omissão baseada no gênero feminino que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.
O grande número de ocorrências também assusta quem trabalha nesse policial e defendendo as mulheres: 18.681 denúncias realizadas na Polícia Civil.
quinta-feira, 20 de abril de 2023