Cinco PM são presos no ES após assassinato de adolescente que estava rendido; câmeras filmaram o crime
Cinco policiais militares foram presos após o assassinato do adolescente Carlos Eduardo Rebouças Barros, de 17 anos, durante atendimento a uma ocorrência. A vítima estava rendida, com as mãos para trás quando foi alvejado friamente por um dos policiais, que não teve a identidade revelada. O crime foi filmado por câmeras de segurança e o Ministério Público já determinou, em caráter de urgencia, que o governo adote câmeras nas fardas dos policiais.
Os cinco policiais militares envolvidos na morte do adolescente de 17 anos, foram presos nesta quarta-feira (1º). Eles foram ouvidos sobre o caso na sede do 13° Batalhão de São Mateus e foram encaminhados ao presídio da corporação, em Vitória. As armas dos PMs foram apreendidas.
Eles serão apresentados a audiência de custódia às 13h desta quinta-feira (2) na auditoria militar.
Segundo o comandante Caus, eles foram autuados em flagrante pelo tipo de homicídio e foram transferidos para a capital para passar o exame de corpo de delito.
O caso foi na manhã desta quarta-feira (1º) em Pedro Canário, na região Norte do estado, a cerca de 270 km da capital, Vitória.
A dinâmica
Nas imagens é possível ver um policial de frente para o adolescente, que está sentado em uma calçada.
Um segundo militar pula o muro e se aproxima, enquanto o primeiro policial caminha em direção ao carro de polícia que estava estacionado.
É possível ver ainda que o militar que pulou o muro fica de frente para o adolescente, que levanta e fica com as mãos para trás.
O militar encosta no adolescente, que dá três passos para trás, momento em que o PM atira à queima roupa, ao menos duas vezes, sem possibilidade de defesa da vítima.
Mesmo com os disparos, as imagens mostram ainda que o policial que estava caminhando até o carro da polícia não esboçou nenhuma reação.
O militar que atirou se aproxima do adolescente e, logo em seguida, um terceiro PM sai de dentro da residência.
O registro das câmeras de segurança mostrou ainda que o policial que atirou arrasta o corpo do adolescente para dentro do imóvel de onde o terceiro militar saiu, alterando a cena do crime.
No boletim de ocorrências, os policiais teriam alegado que em uma revista pessoal, um indivíduo colocou a mão na cintura na tentativa de sacar uma arma de fogo, momento em que para cessar a eminente injusta agressão, o policial efetuou os disparos.
Com G1
quinta-feira, 2 de março de 2023