Fotofobia: alta sensibilidade à luz pode estar ligada a doenças
Já sentiu incômodo ao olhar para a luz? Imagina que, para
algumas pessoas essa sensação é insuportável, podendo ser classificada como uma
condição associada à diferentes doenças oculares.
“Fotofobia é identificada pelo médico, após
a avaliação clínica, quando o paciente tem a visão afetada ao
ficar exposto à claridade excessiva, seja a luz solar ou artificial”, explica a
médica oftalmologista e professora do curso de Medicina da Uniderp, Dra Ana
Cláudia Alves Pereira.
Muitas vezes ela não está relacionada à cor dos olhos, como
muitos acreditam, mas sim a falta de pigmentos na retina. Em se tratando de
fotofobia é muito importante nós estabelecermos possíveis causas, uma vez que
pode ocorrer, desde uma forma transitória, ou seja, após inflamações oculares,
olho seco; em decorrência de alterações neurológicas, como enxaquecas,
cefaléias; ou ainda na forma congênita.
A prevenção é feita com a boa lubrificação dos olhos
utilizando colírios lubrificantes, quando o oftalmologista identifica a
fotofobia associada ao olho seco. “O uso de óculos escuros é uma das indicações
primárias para evitar o desconforto diante do
excesso de luz. Há também
a recomendação de lentes mais modernas, com antirreflexo, que bloqueiam a luz azul das telas, em geral, computadores, tablets, celulares, tvs e luz
artificial”, destaca a especialista.
Pessoas com olhos claros têm maior sensibilidade à
claridade, devido à menor pigmentação da íris/retina. Os olhos escuros possuem
mais pigmento, o que oferece maior proteção.
A médica esclarece que não existe um grupo específico para
desenvolver a fotofobia, já que a condição depende de diversos fatores. No caso
do olho seco, geralmente atinge
mulheres de meia idade, ou seja, no início da menopausa. Quando o agente
desencadeador é a catarata, o alvo são os idosos; e, nas crianças, a causa é
geralmente o uso excessivo de telas. Portadores de astigmatismo também são mais
afetados pela fotofobia, já que a disfunção oftalmológica é caracterizada pela
alteração na córnea, provocando uma maior sensibilidade desta lente.
Entre os sintomas, vale ficar atento à vermelhidão nos
olhos; dores de cabeça, ardor e inchaço ocular, e a necessidade de fechar os
olhos quando exposto à claridade.
O tratamento individualizado consiste em procedimentos de
prevenção, que são indicados pelo médico oftalmologista, após a avaliação clínica
e o conhecimento do histórico de cada paciente.
Vestibular de Medicina
Estão abertas, até 13 de
janeiro, as inscrições para quem deseja ingressar no curso de Medicina da Uniderp.
Nesse processo seletivo, via Transferência Externa, podem participar candidatos
que tenham concluído o
Ensino Médio ou equivalente; que estejam regularmente matriculados
exclusivamente em cursos de Medicina, localizados no território nacional e
devidamente autorizados e reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC). Para mais informações, consulte o edital.
Camila
Crepaldi
sexta-feira, 6 de janeiro de 2023