Eduardo Riedel condena atos de manifestantes em Brasília: "Afronta à democracia"
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), condenou a invasão de manifestantes aos Três Poderes em Brasília, neste domingo (8).
Nas redes sociais, o governador classificou como “inaceitável” os atos de vandalismo e depredação dos prédios do Congresso, Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).
“É inaceitável na nossa democracia o uso da violência, o vandalismo e a depredação de patrimônio público e privado em quaisquer tipos de manifestações”, disse.
“Não podemos aceitar a afronta à democracia e ao Estado democrático de direito”, acrescentou.
Na campanha de 2022, Eduardo Riedel apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro à reeleição.
Manifestação
Manifestantes entraram na Esplanada dos Ministérios na tarde deste domingo (8) e invadiram áreas do Congresso, do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal).
Os descontentes com o resultado das eleições também vandalizaram os prédios e entraram em confronto com a Polícia Militar.
A ação ocorre uma semana após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os manifestantes saíram do acampamento diante do Quartel-General do Exército, chegaram à Esplanada e se concentraram inicialmente em frente ao Ministério da Justiça.
Depois, uma parte invadiu a parte superior e a área interna do Congresso.
Os manifestantes avançaram para a Praça dos Três Poderes, onde houve confronto. Em seguida, se dirigiram ao Palácio do Planalto, onde entraram em uma parte do complexo e perduraram bandeira do Brasil em uma janela.
Os apoiadores se dirigiram depois ao STF, onde alcançaram uma área restrita de segurança.
O presidente Lula não está em Brasília neste final de semana -viajou para São Paulo e visitava Araraquara, no interior paulista, para acompanhar vítimas das chuvas.
Em pronunciamento durante à tarde, o presidente decretou a intervenção federal na área de segurança do Distrito Federal até o fim de janeiro.
Lula afirmou que todos os manifestantes que invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes serão encontrados e punidos.
Lula disse que os manifestantes poderiam ser chamados de nazistas e fascistas e disse que a esquerda nunca protagonizou um episódio similar a este no Brasil.
"Eles vão perceber que a democracia garante direito de liberdade, livre expressão, mas ela também exige que as pessoas respeitem as instituições que foram criadas para fortalecer a democracia".
Os responsáveis poderão ser punidos na Justiça com base na Lei Antiterrorismo, legislação que os próprios bolsonaristas tentaram endurecer visando punir manifestantes de esquerda.
* Com Folhapress
domingo, 8 de janeiro de 2023