Rio Verde-MS: Filhote de anta é flagrada andando próximo a Rua Princesa Isabel.
Um filhote de anta foi flagrada por um casal de internauta, cruzando a
Rua Princesa Isabel, que fica as margens do córrego do Cato, em Rio Verde de
MT-MS.
O casal Jair e Silvana, estavam em frente a sua casa, quando notaram a presença do filhote solitário, andando ali próximo. O filhotinho de anta estava sozinho e em plena luz do dia, desfilou com sua
beleza cruzando a rua, indo em sentido á Rua Porfírio Gonçalves.
A anta é o maior mamífero do Brasil, mas todo esse tamanho não evitou que a espécie estivesse em risco. Distribuída pela maior parte do país e grande parte da América do Sul, a anta enfrenta a perda de habitat e tem se tornado rara nos biomas onde ainda é encontrada: Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado e Pantanal. Em todo o continente, existem quatro subespécies de anta, descritas ainda no século 16 por Carlos Lineu, o pai da sistemática.
Esses mamíferos são animais solitários, andam sem companhia
ou no máximo em grupos de até três indivíduos, e têm um curioso focinho
alongado. Ao longo do dia, as antas descansam seus corpos, que chegam a pesar
300 kg. Elas economizam energia para o período noturno, quando preferem se
alimentar. A dieta é composta de folhas, fibras e fruto. Uma pesquisa mostrou
que os animais consomem 58 frutos de 23 famílias de plantas diferentes. As
preferências variam conforme a região. Na Mata Atlântica, não pode faltar uma
palmeira chamada jerivá. No Cerrado, o araticum. Com tanta comilança, acabam
desempenhando um papel fundamental de dispersar sementes ao longo das florestas
e campos onde vivem – sempre próximos a fontes abundantes de água.
A gestação das antas é longa: dura entre 13 e 14 meses. Os
filhotes nascem grandes, com até 9 kg, e ficam juntos da mãe por mais 12 meses.
Quando novinhos, têm um padrão de cores diferente do acinzentado dos adultos.
Na natureza, os principais predadores da anta são a onça-pintada e o puma. Mas
não são eles que a põe em risco. Caça, desmatamento, fogo, fragmentação de
habitat, atropelamentos, entre outros, fizeram com que a espécie perdesse 30%
da população nos últimos 33 anos, assim como 30% da área por onde viviam.