Pequim anuncia exercícios no mar do Sul da China e se diz 'caluniada' por EUA
Pequim anunciou nesta sexta-feira (27) a realização de exercícios navais no mar do Sul da China, um dos focos de alta tensão com os Estados Unidos na chamada Guerra Fria 2.0. As manobras, informadas pela Administração de Segurança Marítima, estão programadas para acontecer neste sábado (28).
A região, estratégica para o comércio mundial, é formada por mais de 250 ilhotas, recifes, bancos de areia e pequenas massas de terra. Por ela, passam 80% do petróleo e do gás para a China. O exercício ocorre na mesma semana em que o chanceler chinês, Wang Yi, visita oito nações insulares do Pacífico, região que se tornou prioridade para Pequim, com o objetivo de firmar acordos na área de segurança, e um dia após o regime de Xi Jinping voltar a trocar acusações com o governo de Joe Biden.
Na quinta (26), o secretário de Estado americano, Antony Blinken, acusou a China de tentar alterar a ordem geopolítica por meio de repressão doméstica e vigilância externa —especialmente no Pacífico.
O porta-voz da chancelaria chinesa, Wang Webin, disse que autoridades do país se sentiram caluniadas pelos EUA. "[O discurso] difunde informações falsas e interfere nos assuntos internos chineses, além de caluniar políticas domésticas e internacionais", disse. "O objetivo é bloquear o desenvolvimento da China."
Uol
sexta-feira, 27 de maio de 2022