Ex-candidato a deputado estadual disse que matou jovem porque ‘sentiu um chamado’; Laryssa morreu aos poucos sangrando
Ronaldo dos Santos Lira , que foi candidato a deputado estadual em Rondônia prestou depoimento nesta quinta e deu detalhes de como matou Laryssa Victória, em Ouro Preto do Oeste no dia 19 de março. O interrogatório durou mais de cinco horas e possui mais de 10 páginas de transcrição.
De acordo com o delegado Niki Locatelli, “Ronaldo revelou que tinha esse desejo desde a infância, ele sempre quis matar alguém e ver a pessoa sofrer. Ele fala que via muitos vídeos e já chegou ver pessoas sendo esquartejadas e ele diz que tinha prazer nisso”, comenta o delegado.Segundo informações do depoimento de Ronaldo para a Polícia Civil, ele saiu de casa na sexta-feira, dia 18 de março de 2022, com a intenção de matar alguém. Ele acabou encontrando Laryssa e sentiu um “chamado” de que tinha que ser ela. De alguma forma ainda não revelada, ele convenceu a menina a ir até a casa dele.
Já na manhã do sábado, dia 19 de março, enquanto Laryssa dormia, ele pegou a própria bolsa da vítima, enrolou a alça no pescoço dela e tentou um estrangulamento. Nesse momento, a adolescente teria acordado e questionado porque ele estava fazendo aquilo.Em seguida, Ronaldo diz que pegou uma faca e deu um golpe no pescoço da vítima. Então ficou a “assistindo sangrar”. O laudo tanatoscópico confirma que Laryssa morreu de hemorragia externa por instrumento pérfuro-inciso, ou seja, sangrou até a morte. Ele narrou no interrogatório que enquanto ela morria ele ria de prazer.
“Laryssa morreu aos poucos e ele teve prazer em vê-la morrendo aos poucos”, comentou o delegado.
Após a morte, Ronaldo teria saído para buscar comida e voltou para comer vendo o corpo de Laryssa. São descrições de um crime chocante e aterrorizante. Realmente mexeu até conosco, investigadores”, finaliza Niki.O corpo de Laryssa Victória, de 17 anos, foi encontrado no dia 20 de março em uma cova no quintal da casa de Ronaldo dos Santos Lira, que é assistente social em Ouro Preto. Ele foi preso em flagrante.
Ao redor da casa do suspeito não há muros. Os investigadores, em visita ao local, notaram que parte da terra do quintal estava mexida e do lado de fora da casa havia um colchão queimado. “Essa terra fofa, mexida recentemente, chamou a atenção dos investigadores, onde suspeitaram que no local poderia estar o corpo da adolescente. Diante dessa suspeita, dei a ordem para entrar e escavar a terra mexida. A gente localizou o corpo ali”, relatou o delegado.
Com G1
sexta-feira, 8 de abril de 2022