Após se rejeitado como candidato a presidente, Eduardo Leite quer ser vice de Simone Tebet
Após ser rejeitado nas prévias do PSDB para concorrer ao cargo de presidente nas eleições deste ano, o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) quer ser vice na chapa da senadora Simone Tebet (MDB) para a disputa. Simone concorda que o MDB, União Brasil e PSDB devem se unir em torno de uma única candidatura para vencer o ex-presidente Luiz Inácio Lula, do PT, e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Leite disse, em entrevista à “Rádio Eldorado”, ter “humildade” para abrir mão de aspirações pessoais e fazer composição com uma candidatura que se mostre viável contra a polarização. A parlamentar, segundo ele, “tem toda a condição de liderar esse projeto”.
“Temos de ter um entendimento do nosso papel como lideranças políticas, não apenas buscando ocupar um espaço político concorrendo, mas apoiando eventualmente aqueles que tenham essa capacidade. Entre outras pessoas, há o nome da senadora Simone Tebet, que tem toda a condição de ser uma liderança nesse projeto. É muito prematuro falar em que posição cada um tem que assumir. Mas a disposição nossa tem que ser construindo, apoiando, disputando na chapa como vice-presidente, se for o caso”, afirmou Leite.
Segundo o tucano, a senadora tem uma aspiração legítima em se apresentar como candidata. "Tenho muito respeito pelo mandato da senadora, e sua aspiração legítima de se apresentar como candidata. Ainda não avançamos em conversas nessa direção, mas haverá o momento apropriado”, complementou, sobre a formação da chapa.
Partidos unidos
Em entrevista ao Estado de S. Paulo, a senadora Simone Tebet afirma que parte do eleitorado deve mudar o voto, assim que perceber uma aliança dos partidos da terceira via. Ela diz que não vai desistir de disputar a presidência e que recebeu a declaração de Leite de forma positiva.
"Ele me surpreendeu positivamente, e eu liguei para agradecer. Para acabar com a polarização, as pessoas querem algo novo. Eu sou o novo porque sou a única pré-candidata mulher e hoje quem mais rejeita os dois pré-candidatos [Lula e Bolsonaro] é o eleitorado feminino."
Perdeu nas prévias
Conforme a Istoé, após ser derrotado nas prévias do PSDB, Leite intensificou articulações com o PSD para se viabilizar como possível pré-candidato do partido, mas, por fim, decidiu permanecer no ninho tucano. Este, segundo ele, foi mais um movimento que indica sua disposição de abrir mão de ser cabeça de chapa, já que, de acordo com o ex-governador, a sigla de Gilberto Kassab não foi a única a oferecer a possibilidade.
“Se eu quisesse mesmo ser candidato, tinha mais opções que o PSD. Eu tinha opções para uma candidatura, e mesmo assim não fui atrás desses caminhos mais fáceis”.
quarta-feira, 6 de abril de 2022