Rio Verde-MS: "Estamos transtornados", diz primo de casal e crianças que morreram na BR-163.
Mortos em acidente na manhã desta terça-feira (21), na BR-163, em Mato Grosso do Sul, Gutenberg Felix da Silva, de 41 anos, Priscila Maurício da Cruz, 37, e as filhas Melissa Felix da Cruz, 10 anos, e Gabrielly Felix da Cruz, 7, saíram de Campo Grande e retornavam para Várzea Grande (MT), onde residiam. A família é natural do Rio de Janeiro.
Primo de uma das vítimas, o assistente administrativo Pedro Fagundes, de 37 anos, contou que viu sobre o acidente através das redes sociais. Preocupado, ligou para a Polícia Civil e teve a confirmação das mortes. "Estamos transtornados", disse.
Pedro relatou que o casal e as meninas passaram o fim de semana em Campo Grande. "Primeira vez que vieram para cá nos visitar. Passaram sexta, sábado e domingo aqui". O primo agora tenta, com calma, avisar os outros familiares. "Praticamente todos moram no Rio de Janeiro e estamos comunicando com toda calma possível", lamentou.
A família viajava em um VW Gol preto, que bateu de frente com um caminhão-cegonha no km 690, sobre a ponte do Córrego Fundo, em Rio Verde de Mato Grosso. O impacto foi tão forte, que o carro foi arrastado do meio da ponte até uma das cabeceiras e bateu em um Fiat Palio, onde estavam Fabio Mauricio, 35 anos, e Adriana Regina, 45. Os dois não tiveram ferimentos, assim como o caminhoneiro, que saiu ileso do acidente.
inicialmente, a informação era de três óbitos, mas o corpo de uma das crianças estava enrolado em um edredom e só foi encontrado depois que o teto do veículo e ferragens foram retirados.
Para a retirada dos corpos do local do acidente, equipe da CCR MSVia precisou usar equipamento conhecido como desencarcerador. Para se ter uma ideia da força do impacto, parte das ferragens da frente do carro foi parar no bagageiro.
O Corpo de Bombeiros foi chamado para lavar a pista que estava escorregadia por causa do derramamento de óleo diesel. O trânsito ficou completamente interrompido por pelo menos 5 horas e o congestionamento no local era de mais de 15 km quando o tráfego foi liberado, depois de 13h30.
Os corpos foram enviados ao IML (Instituto Médico Legal) de Coxim.
Os três sobreviventes foram unânimes ao relatar à perícia que o Gol teria tentado forçar uma ultrapassagem sobre a ponte. Por isso, a colisão frontal foi inevitável. O casal que ocupava o Gol sofreu múltiplas fraturas, teve membros dilacerados e traumatismo craniano. As meninas morreram na hora e o cãozinho da raça poodle, que estava no carro, também morreu na colisão.
CGNews
terça-feira, 21 de dezembro de 2021