Filme sobre as araras em Campo Grande será lançado ao vivo neste sábado no Youtube
O título de Capital das Araras para Campo Grande é merecido: basta prestar um pouco de atenção para perceber a presença dessa ave grande, colorida, barulhenta e muita amada pela população. Para valorizar a presença das aves na cidade, será lançado neste sábado (3), às 9h00, o projeto Campo Grande das Araras. O filme será transmitido pelo canal do YouTube da Sectur.
A produção é um trabalho multimídia com produção de filmes, criação do Bosque das Araras e do Circuito das Araras. Durante quase um ano, a equipe conversou com moradores, pesquisadores e apaixonados pelas aves. Acompanhou voos e registrou o modo de vida das araras. O resultado mostra a convivência harmônica entre o ser humano e as araras em Campo Grande, a cidade com mais ninhos e presença delas em todo o mundo.
O objetivo é informar e conscientizar a população da importância de ter, preservar e incentivar cada vez mais a biodiversidade no ambiente urbano. Com direção de Lú Bigattão Rios e Rosiney Bigattão, o projeto foi contemplado no Fundo Municipal de Cultura/2019 (FMIC/ SECTUR/ Prefeitura de Campo Grande) e conta a parceria do Instituto Arara Azul, TV Morena e Imasul.
O filme principal, que aborda a migração da arara Canindé do Pantanal Sul-mato-grossense para Campo Grande, suas causas e efeitos, se desdobra em cinco vídeos de apoio que ajudam a retratar os vários aspectos sobre o universo das araras. O projeto criou ainda o Bosque das Araras e o Circuito das Araras, com totens onde a população pode acessar todo o material. Todo o conteúdo estará no site www.campograndedasararas.com.br
Araras de Campo Grande
Mais de 700 aves da espécie Canindé já nasceram nos mais de 300 ninhos monitorados pelo Instituto Arara Azul em Campo Grande. Elas começaram a chegar em 1999, fugindo das secas severas e das queimadas no Cerrado e Pantanal. Encontraram um ambiente favorável e conseguiram se reproduzir. A adaptação tem suas explicações: a capital é considerada uma das cidades mais arborizadas do mundo. As espécies nas ruas, praças, parques e quintais oferecem alimento e locais para a reprodução das araras.
Para incentivar a população a plantar e cuidar das plantas que possam ajudar na sobrevivência das aves, o projeto Campo Grande das Araras criou o Bosque das Araras. Foram plantadas 50 mudas de árvores e palmeiras utilizadas na alimentação não só das araras, mas também de outras aves e animais. São palmeiras como bocaiuva e pindó e árvores como pitomba, manduvi, cumbaru, entre outras.
O plantio foi coordenado pelo viverista Nereu Rios. A implantação do bosque tem parceria do IMASUL e com a administração do Parque das Nações Indígenas, que se vai cuidar das regas, adubação e condução das mudas, já que o período de estiagem requer cuidados.
Em cada muda foram colocados condutores e telas para proteger da ação das capivaras, que costumam roer as árvores pequenas.
O local escolhido foi o Parque das Nações Indígenas, cartão-postal da cidade, visitado por moradores e turistas, que conta com a presença frequente de araras e animais silvestres, além de ser mata ciliar do córrego Prosa. A ideia é que o Bosque das Araras funcione como um atrativo a mais para fortalecer a presença das aves na cidade e garanta alimento e morada para as futuras gerações delas.
Circuito das Araras
O Circuito das Araras é um roteiro onde foram instalados totens que funcionam como centro de informações do projeto e chamam a atenção para a presença das aves na cidade. A estrutura é uma criação do arquiteto e fotógrafo Marcelo Oliveira, que faz uma homenagem às araras, que tem sua figura em forma de coração, expressando o amor da população pelas aves.
Em cada um deles, consta o endereço do site e um QR Codes permitem o acesso ao conteúdo do projeto. São cinco pontos escolhidos para receber os monumentos: Lagoa Itatiaia, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Parque das Nações Indígenas, Canteiro da Afonso Pena e na Locomotiva da Orla Ferroviária. Além disso, será distribuído um folder com um mapa dos parques, praças e outros locais onde pode se observar as aves em Campo Grande.
Fica Técnica
Direção: LU BIGATTÃO RIOS E ROSINEY BIGATTÃO
Roteiro: ROSINEY BIGATTÃO
Edição: CARLOS DIEHL
Assistente de edição: CLAUDINEI PECOIS
Produção: MARI NGELA YULE E FERNANDA KUNZLER
Direção de fotografia: ALEX SANCHES TAVEIRA
Imagens: ALEX SANCHES TAVEIRA e MARCOS VINICIUS SANTANA
Drone: BETINHO ESCALANTE E GABRIEL MARCHESE
Direção musical e captação de som: MARCELO BATISTA DAVILA
Assistente de câmera: ADENIL ALVES OLIVEIRA
Contra-regras: DIEGO LOPES E JOÃO BOSCO
Equipamentos: LUIS ANDRADE (Camalote Filmes)