Onda extrema de calor mata mais de 230 pessoas no Canadá

A extrema onda de calor que atinge o Canadá e o noroeste dos Estados Unidos começa a mostrar seu lado ainda mais perverso com a morte de mais de 230 pessoas nos últimos quatro dias, período que as altas temperaturas passaram a atingir a província canadense da Colúmbia Britânica.

Os primeiros casos começaram a ser relatados no dia 25 de junho. Assim, pelo menos 134 morreram em Vancouver ou cidades vizinhas.

Por exemplo, nesta terça-feira (29), a polícia de Vancouver recebeu mais de 65 chamadas relacionadas com mortes súbitas, comparado com a média do país que varia de três a quatro chamados por mortes desse tipo.

A polícia do Canadá relata que as mortes estão sendo investigados, mas acredita-se que "o calor foi um fator que contribui para a maioria das mortes", conforme descreve o El País. A maioria das mortes contabilizadas foram de idosos, como explicou o cabo Mike Kalanj, porta-voz da RCMP, ou Polícia Montada do Canadá.

O Serviço Forense da província informou ao canal CBC que normalmente são registradas 130 mortes em um período de quatro dias, mas que entre sexta e segunda passadas foram 233.

Na terça-feira, a cidade de Lytton, a 260 quilômetros de Vancouver, bateu o recorde de temperatura no país ao chegar aos 49,5°C. Em dias anteriores, como domingo e segunda, a cidade marcou 46,5°C e 47,5°C, respectivamente.

Para tentar minimizar os impactos do calor, o governo suspendeu as aulas nas escolas e nas universidades e pediu para que as empresas mantenham os funcionários trabalhando de casa para evitar saídas nas horas mais quentes do dia.

Além disso, muitas cidades abriram centros de resfriamento de emergência e distribuem garrafas de água. Em Vancouver, foram instaladas fontes de nebulização nos parques para quem vai às áreas mais verdes para tentar se refrescar.