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quinta-feira, 3 de junho de 2021
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

Mato Grosso do Sul registra segundo caso suspeito de Fungo Negro

 

Fungo Negro acomete principalmente pessoas com sistema imunológico debilitado - Foto: Divulgação

Mato Grosso do Sul registrou o segundo caso suspeito de Fungo Negro, de um paciente internado em Corumbá.

De acordo com boletim do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), a notificação foi feita nessa quarta-feira (2).

A comunicação de risco afirma que o provável caso de fungo negro é em paciente de 50 anos, que tem como comorbidade hipertensão e obesidade e com Covid-19.

Paciente teve o caso de Covid-19 confirmado no dia 27 de maio e foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no dia 28 de maio.

Nessa quarta-feira, foi notificada a suspeita de fungo negro, também conhecido como Mucormicose, quando o paciente começou a apresentar necrose ocular bilateral.

O homem continua internado, em ventilação mecânica, em leito de UTI. Ele foi imunizado contra a Covid-19 nos dias 20 de janeiro e 5 de fevereiro.

O primeiro caso suspeito do Fungo Negro foi notificado na última segunda-feira (31), em um homem de 71 anos, que teve o olho esquerdo atingido pela doença.

O paciente estava internado no Hospital do Pênfigo, em tratamento da Covid, e morreu na tarde desta quarta-feira (2).

O homem tinha Diabetes, Hipertensão e histórico de Síndrome Respiratória Aguda Grave.

Foi feita a coleta de material para biópsia da lesão e enviado ao Laboratório Central do Estado (Lacen) para análise e o resultado ainda não foi divulgado.

Fungo Negro

A doença do Fungo Negro é considerada mais oportuna para quem contraiu o novo coronavírus.

Mucormicose é infecção oportunística grave causada por fungos. Esses fungos vivem em todo o ambiente, particularmente no solo e em matéria orgânica em decomposição, como folhas, pilhas de adubo ou madeira podre.

As pessoas contraem mucormicose entrando em contato com os esporos fúngicos no ambiente.

Essas formas de mucormicose geralmente ocorrem em pessoas que têm comorbidades ou utilizam medicamentos que diminuem a capacidade do corpo de combater algumas doenças. 

Também pode se desenvolver de forma cutânea depois que o fungo entra na pele através de um corte, raspagem, queimadura ou outro tipo de trauma.

 

Sintomas e tratamento

De acordo com o CIEVs, a progressão da doença leva a uma sequência de sintomas que se iniciam com dor orbital unilateral ou facial súbita, podendo conter obstrução nasal e secreção nasal necrótica. 

Também pode ocorrer lesão lítica escura na mucosa nasal ou dorso do nariz, celulite orbitária e facial, febre, ptose palpebral, amaurose, oftalmoplegia, anestesia de córnea, evoluindo em coma e óbito.

O tratamento envolve remover cirurgicamente todos os tecidos mortos e infectados. 

Em alguns pacientes, isso pode resultar em perda da maxila superior ou às vezes até mesmo do olho. 

A cura também pode envolver de 4 a 6 semanas de terapia antifúngica intravenosa. 

Como afeta várias partes do corpo, o tratamento requer uma equipe de microbiologistas, especialistas em medicina interna, neurologistas intensivistas, oftalmologistas, dentistas, cirurgiões e outros.

Correiodoestado

quinta-feira, 3 de junho de 2021

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