Preço do ovo vai disparar, alerta ministra
O preço do ovo vai subir e rápido. O alerta é da própria ministra do Meio Ambiente e Abastecimento, a sul-mato-grossense Tereza Cristina (DEM). O reajuste dos preços ocorre devido ao aumento do valor dos insumos, como farelo de soja e milho, usados como na ração.
A inflação do ovo se junta aos reajustes exorbitantes carne, óleo, arroz, gás e gasolina, sem contar uma gama ainda maior de produtos. E a pergunta que fica é: o que o pobre vai comer neste País?
“Essa (a inflação do ovo) é a minha maior preocupação. Não é nem com eles, os produtores, porque esse reajuste deles vai acontecer. A minha preocupação é com os consumidores, porque o preço vai aumentar”, afirmou a ministra em entrevista à Folha de S. Paulo. “O custo está subindo no mundo inteiro e vai aumentar no Brasil. Não tem muito jeito. Temos que produzir mais, plantar mais milho e programar uma safra maior para setembro”.
O aumento reflete também a dependência brasileira como produtor primário. O País vive uma safra recorde de milho e soja no campo, e o preço do ovo vai subir devido ao reajuste dos farelos, justamente, de milho e soja. Isso demonstra a falta de industrialização nas terras tupiniquins.
“O setor já vinha crescendo e é verdade que vive um boom na pandemia. Houve um impulso fenomenal na demanda. Agora, esses produtores estão com problemas, mas esses problemas não são só deles, mas de todos os setores que ainda não têm uma comercialização mais sólida com os insumos, que são o farelo de soja e o milho, para ração”, explicou Tereza.
A ministra omitiu, porém, que o boom do consumo de ovo na pandemia se deve, em partes, à inflação galopante do preço das carnes, o que obriga o consumidor a partir para produtos mais baratos.
Topmidianews
domingo, 2 de maio de 2021