Regime militar em Mianmar já matou mais de 520 civis
Mais de 520 civis morreram em ações das forças de segurança desde o golpe de Estado de 1º de fevereiro em Mianmar e os grupos rebeldes armados ameaçam aderir aos protestos contra a junta militar caso persista a repressão violenta.
Ignorando as críticas e sanções ocidentais, os generais birmaneses prosseguem com a repressão brutal, em uma tentativa de frear os protestos e greves pró-democracia que abalam o país país desde o golpe que derrubou o governo civil de Aung San Suu Kyi.
Um total de 521 pessoas, incluindo muitos estudantes e adolescentes, morreram por tiros de policiais e militares nos últimos dois meses, de acordo com a Associação de Ajuda aos Presos Políticos (AAPP).
A ONG afirma que o número de vítimas “é provavelmente muito maior”, sobretudo porque centenas de pessoas continuam desaparecidas.
Nesta terça-feira (30), os manifestantes da capital econômica Yangon encheram as ruas de lixo em um novo ato de resistência.
Oito pessoas morreram hoje no estado de Shan e também houve mortes nos estados de Kashin, Mandalay e Bago, segundo a AAPP.
A imprensa estatal também informou a morte de um manifestante em South Dagon, um subúrbio de Yangon, enquanto as autoridades investigam a explosão de uma bomba em uma delegacia na cidade de Bago, onde vários policiais ficaram feridos.
Os bombardeios da junta também mataram seis pessoas no estado de Karen, no leste do país, segundo a União Nacional de Karen (KNU), um dos maiores grupos armados de Mianmar.
quinta-feira, 1 de abril de 2021