Gestão de Andrés Sanchez aumentou a dívida do Corinthians em mais de 100%
Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, em 2020Imagem: Zanone Fraissat/Folhapress
A gestão de Andrés Sanchez no Corinthians chegou ao fim em dezembro do ano passado, mas as consequências de seu mandato ainda ecoam no clube do Parque São Jorge. Empossado no primeiro trimestre de 2018, o cartola assumiu o Timão com uma dívida estimada em R$ 476,6 milhões e entregou a Duilio Monteiro Alves, seu sucessor, com um débito de R$ 956,9 milhões. Um expressivo aumento de mais de 100,1%.
O crescimento da dívida passa por diversos fatores internos e externos. No período, o Corinthians inaugurou a categoria sub-23, que gerou a contratação de dezenas de atletas. Além disso, o departamento de futebol profissional realizou contratações que ainda não deram certo na equipe. São os casos de atletas como Luan e Matheus Jesus. A paralisação do futebol brasileiro na última temporada, o desaquecimento do mercado e a interrupção de receitas geradas com a presença dos públicos no estádio também dificultaram a última gestão. O Corinthians atrasou salários aos jogadores e funcionários, foi punido pela Fifa e enfrentou uma série de problemas judiciais de anos passados. Além disso, o clube enfrentou problemas com o aumento de tributos e dos juros cobrados pelos seus credores.
Apesar dos números negativos no balanço financeiro, no último triênio em que comandou o Corinthians (o cartola já havia sido presidente do clube em outras três oportunidades, uma delas como interino), Andrés conquistou duas taças do Campeonato Paulista, em 2018 e em 2019, e foi responsável pelo fechamento da negociação pelos naming rights da agora Neo Química Arena por R$ 300 milhões divididos em 20 anos.
A atual gestão, empossada no dia 4 de janeiro deste ano, trabalha para reduzir custos. A palavra de ordem no Parque São Jorge é economia e a diretoria trabalha para diminuir em até 20% os gastos de todos os departamentos do Corinthians. Para isso, contratou uma empresa de consultoria especializada no mercado e com atuação internacional.
Uol
segunda-feira, 5 de abril de 2021