Baiana tem problema no fígado por uso excessivo de remédio sem eficácia contra Covid-19
No Brasil, as vendas de hidroxicloroquina subiram 173% em fevereiro desse ano em relação ao ano passado e as de ivermectina, mais de 700% - Crédito: Reprodução TV Bahia |
A economista Cremilda Carneiro revelou ter adquirido uma doença no fígado, chamada colestase, após tomar três capsulas de ivermectina a cada 15 dias durante um ano.
A informação foi divulgada pelo G1. Conforme especialistas, hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina fazem parte de um chamado tratamento precoce, que, segundo cientistas e instituições de pesquisa renomados, não funciona.
“Meus irmãos, que alguém disse para eles, que um médico, algum conhecido, que a ivermectina era a cura ou a preventiva. Todos eles tomaram a ivermectina e eu não poderia ficar de fora”, disse a baiana.
No Brasil, as vendas de hidroxicloroquina subiram 173% em fevereiro desse ano em relação ao ano passado e as de ivermectina, mais de 700%.
Cremilda Carneiro revelou que a colestase adquirida por ela estava na fase moderada, muito próximo da situação mais grave.
“E você acredita com força total que aquilo ali [medicamento] é seguro, que vai te proteger, uma das bobagens da vida que a gente faz. São três graus: o leve, o moderado e o grave né? Eu estava no moderado, quer dizer, um passo para chegar no mais sério”, contou a baiana.
"Para com a ivermectina. Vai usar máscara, vai se cuidar, não vai aglomerar. Porque é a melhor coisa que você faz", pediu.
O hepatologista Raymundo Paraná afirma que todo paciente que se expõe a um medicamento corre o risco de uma lesão no fígado.
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terça-feira, 30 de março de 2021