Ex-vereadores voltarão ao rádio e medicina, mas também há quem vá se dedicar à Filosofia e doutorado
Longe da Câmara Municipal de Campo Grande, vereadores que terminaram seus mandatos em dezembro de 2020 vão voltar para suas áreas de atuação anterior. Radialistas voltam a se dedicar exclusivamente aos seus programas, servidores voltam para seus cargos. Empresários, aos comércios que mantêm, e advogados para os escritórios.
Dos 29 parlamentares que atuaram entre 2017 e 2020, 17 deles não estarão mais no Legislativo municipal, a maioria porque não foi reeleita. Não é o caso de André Salineiro (Avante) e Vinícius Siqueira (PSL) que não disputaram reeleição. Respectivamente, disputou como vice-prefeito e prefeito – ambos perderam.
Líder do prefeito Marquinhos Trad (PSD) até o ano passado, Chiquinho Telles (PSD) afirma que voltará a fazer rádio ‘com mais intensidade’. “Sempre fui do rádio”. “Política está no sangue, nunca vamos parar de fazer. Ações que sempre fiz antes de ser vereador, vou voltar a fazer com mais frequência. Ajudar ao próximo é o que me deixa feliz”. Ele ‘vai ao ar’ nas emissoras FM 101,9, FM Moreninhas 106,3 e Tempus FM – rádios comunitárias. Além disso, foi nomeado como assessor especial no gabinete do prefeito.Cazuza (PP) também é radialista e continuará fazendo programa de rádio. Há mais de 33 anos, como lembra o ex-vereador, é funcionário da Rádio Cidade 97, no qual tem o programa Cazuza e Domingo da Gente.
Concursado, Vinícius Siqueira exerceu o trabalho de oficial de justiça junto com a vereança. Agora, volta a desempenhar exclusivamente sua função, afirma. Eleito com nome de seu cargo, Wellington de Oliveira (PSDB), delegado da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, foi nomeado Ouvidor-Geral da corporação, ainda no fim de 2020.
Da Polícia Federal, André Salineiro, mais votado em 2016, retoma o trabalho na corporação. “O foco será o desenvolvimento do trabalho policial”. Afirma que, sobre as eleições de 2022, sua participação dependerá de uma reunião em Brasília da Frente dos Agentes da Polícia Federal, da qual faz parte.
Junior Longo (PSDB) é advogado e empresário, mas será esta última ocupação que continuará executando em 2021. “Tenho empresa, trabalho no ramo de alimentação, já atuava nisso antes de ser vereador, mesmo exercendo o mandato, continuei atuando nas atividades comerciais, e voltei para ela”.
Vereadora eleita, mas que perdeu o lugar após recontagem dos votos com o deferimento da candidatura de Delei Pinheiro (PSD), Dharleng Campos (MDB) é formada em Administração e sempre atuou na área, que agora será retomada. “Também confiante de que tão logo a Justiça será restabelecida e voltarei a representar a população campo-grandense”.No mesmo sentido, o advogado Odilon de Oliveira Junior seguirá atuado como tal, atividade que, afirma, exerceu, mesmo durante seus quatro anos na Câmara Municipal de Campo Grande.
Ações sociais e saúde
Jeremias Flores (Avante) é pastor e, com essa denominação religiosa foi às urnas em 2016. Agora, afirma que vai continuar ‘sendo homem público’. “Cooperando com nossa sociedade como sempre fiz antes de exercer o parlamento, com ações sociais”. Ele é impressor gráfico e presidente do partido em Campo Grande.
Médico há quase 50 anos, Antônio Cruz afirma que a ‘profissão-missão’ nunca foi deixada de lado. “Então vou continuar simplesmente a atuar em meu trabalho incessante no Hospital Evangélico” – instituição de saúde fundada por ele. “Só cessarei quando o Senhor Jesus me levar. Como sempre digo: médico não aposenta, médico morre!”.
Cida Amaral, que também carregou sua profissão no nome político, retoma suas atividades na profissão que escolheu. “É interessante dizer que, sempre trabalhei em tempo integral, agora estou aposentada de um período, mas no outro, vou continuar trabalhando”. A ex-vereadora conclui dizendo que, além da função laboral, ‘continuará lutando pela boa política, como cidadã’.
sábado, 9 de janeiro de 2021