quinta-feira, 7 de novembro de 2019
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS
Há 19 anos, "carpida" foi pagamento de irmãos de São Gabriel Do Oeste, para ver Sandy e Júnior
À época, a notícia da apresentação em Campo Grande mobilizou uma excursão da escola à Capital e cerca de 40 alunos participaram da aventura, entre eles, Ricardo e Fabrize.
Uma das fotos tiradas em direção ao palco.
Ricardo Gael, hoje aos 34 anos, lembra que a ansiedade tomou conta só de ouvir a notícia de que os ídolos estariam tão próximos da pequena cidade ao norte do Estado. Fã de longa data, ao lado da irmã se apresentava como cover da dupla na escola e até em aniversários da cidade.
A proposta do pai para autorizar a participação na excursão foi aceita facilmente pelos irmãos que até posaram para as fotos. Com enxadas, a duplinha fã de Sandy e Júnior suou para conseguir o ingresso.
“Tivemos que fazer por merecer. Ele nos desafiou a limpar o quintal e fiscalizou no final. Deu tudo certo e a excursão saiu da cidade no fim da tarde. Logo que a gente chegou no Parque de Exposições, já compramos faixas e até fotos da dupla que eram vendidas a uns R$ 2,00”, conta.
Fabrize Assis Piroli Coelho, de 34 anos, hoje é professora de Matemática, não seguiu carreira na música, mas nem por isso deixou de cantar. Ao lado da filha já até se classificou em festival de canção do município.“Minha paixão por Sandy e Júnior não morreu, inclusive passei tudo para minha filha. Ela acha um máximo. Minha filha é tímida e a incentivei a participar do festival, justamente, para ela vencer a timidez. Nós nem imaginávamos que chegaríamos tão longe. Nós fomos para a final da competição, mas aí eu que fiquei com vergonha, porque teríamos de nos apresentar no Centro de Eventos da cidade”, admite.
A notícia da separação foi um momento de muita tristeza e, hoje, mesmo em sala de aula, tenta envolver a música dos irmãos em projetos com os alunos. “Na escola, além das aulas de Matemática faço parte do comitê e participo do coral. No Dia das Crianças, os alunos apresentaram a canção “Ser Criança” de Sandy e Júnior”, conta Fabrize.
Irmãos cantavam juntos na escola e aniversários da cidade.
Dupla e familiares posando para fotos.
A professora lembra que ela e o irmão eram famosos na escola e que durante toda a infância, o pai ensinou valores aos filhos. “A mãe ia à escola só para receber elogio. Qualquer evento chamava Ricardo e Fabrize. Além de ajudar meu pai a limpar, para ganhar fita ou CD novo a gente até rezava o terço”, conta.Sobre o show de 2000, Fabrize lembra que até passou mal no meio do aglomerado. À época, a apresentação começou por volta das 20h e às 22h, a turminha já voltava para São Gabriel do Oeste.
“Era muita gente e no vai e vem da multidão comecei a passar mal. Saímos pelo palco e o pessoal da escola ficou desesperado, a gente estava bem pertinho e o segurança nos pegou. O Ricardo não largou minha mão e lembro que ele ficou até chateado de perder parte do show”, lembra Fabrize.
Hoje cantor, Ricardo garante que os irmãos influenciaram seu amor pela música e o desejo de subir ao palco para se apresentar. Desta vez sozinho, no próximo dia 9 de novembro, o fã de carteirinha participa do último show da turnê de Sandy e Júnuor, que acontece no Rio de Janeiro.
CGnews