terça-feira, 12 de novembro de 2019
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS
Há 10 anos, terremoto de 4,8 graus atingia Rio Verde e região norte de Mato Grosso do Sul.
Há 10 anos atrás, mais precisamente dia 15 de junho de 2009, um
tremor de terra ocorreu no início da noite, de uma segunda-feira, na região
norte do Estado de Mato Grosso do Sul.
As cidades de Rio Verde de Mato
Grosso, Coxim, São Gabriel do Oeste e Sonora foram as mais afetadas.
De
acordo com Centro Sismológico da UnB (Universidade de Brasília), o tremor
atingiu 4,8 graus de magnitude na escala Richter.
O tremor foi um dos 20
maiores já registrados no país. O epicentro do abalo foi localizado numa área
pouco habitada do Pantanal.
ESCALA RICHTER
Escala - O U.S. Geological Survey Earthquake, que reúne
dados das estações sismológicas da América Latina, registrou às 18h15 tremor de
4,8 graus na escala Richter em Mato Grosso do Sul.
O tremor foi sentido com maior força em um raio que engloba
Pantanal, Coxim e Rio Verde, mas também atingiu os municípios de Pedro Gomes,
Sonora e São Gabriel do Oeste. Em fazendas na região da Nhecolândia, peões
relataram tremor forte de terra. (Com informações de Keila Flores).
FALHAS GEOLÓGICAS
A concentração de tremores nas regiões oeste e sudoeste pode
ser explicada por falhas geológicas.
Pesquisa do Instituto de Geociências da Universidade Federal
de Minas Gerais (UFMG) mapeou o território brasileiro e identificou 48 falhas
geológicas mestras, locais onde “nascem” os terremotos. (Veja o mapa ao lado).
Conforme o mapeamento, Mato Grosso do Sul tem uma falha
indefinida que corta parte da região oeste.
Ao longo do traçado desta falha se concentram as ocorrências
de terremoto e, por este motivo, a maioria dos sismos ocorre na região. Porém,
podem haver ocorrências em outras localidades.
AUMENTO DE SISMOS
Apesar do aumento de registro de tremores, especialistas
afirmam que isto não significa que aumentou a ocorrência de tremores de terra.
Segundo o site Apollo 11, portal que concentra informações
cientificas, nos últimos anos a expansão nas telecomunicações fez com que
aumentasse também o número de estações sismológicas. Dessa forma, centenas de
tremores que antes não eram registrados passaram a ser catalogados, causando
esta impressão.
Em Mato Grosso do Sul, expansão de medidores está em
andamento e novas estações sismológicas ainda serão instaladas. “As novas
estações ainda não tem transmissão online, então tem que esperar os técnicos
baixarem os dados e analisar para saber se houve eventos, ter precisão maior e
encontrar mais dados sobre os sismos”, disse.
A expansão faz parte de projeto da USP, viabilizado a partir
de parcerias com técnicos de outros países, como Uruguai e Argentina. Redes já
foram instaladas na região de Dourados, Corumbá, Rio Verde, Ribas do Rio
Pardo e Amambai e devem aumentar o monitoramento de possíveis abalos sísmicos
no Estado.
Além disso, estações que estavam desativadas voltaram a
ativa e técnicos estão em campo catalogando dados.
terça-feira, 12 de novembro de 2019