terça-feira, 29 de maio de 2018
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS
Paralisação dos caminhoneiros começa afetar comércio de Rio Verde, hortifrúti, gás de cozinha e sal já esta em falta em vários comércios.
Com a greve dos caminhoneiros no nono dia, o fluxo de
mercadorias pelas estradas segue incerto. Mesmo os pequenos abastecimentos,
garantidos por caminhões menores que fazem trajetos da capital para Rio Verde,
também estão ameaçados com a demora na reposição dos estoques.
A escassez de produtos, principalmente hortifrutigranjeiros,
já está comprometida em muitos supermercados de Rio Verde e já esta em falta.
Preços altos e algumas gôndolas vazias já são vistas nos
supermercados.
A situação é reflexo da queda de movimento das Centrais
de Abastecimento de Mato Grosso do Sul (Ceasa), principal entreposto de
alimentos.
Também esta faltando gás de cozinha em todo o país e em Rio
Verde não é diferente. O fechamento de uma produtora no interior de São Paulo,
aliado as dificuldades com transporte provocaram um desabastecimento em vários
estados brasileiros, sem previsão de terminar.
O presidente do Simperga/MS (Sindicato das revendedores
de GLP) Vilson de Lima, confirma que não há botijão disponível para venda na
maioria das distribuidoras.
Em Rio Verde, a maioria dos comerciantes trabalham com
pouco capital de giro, contam com a mercadoria para comprar e revender.
Outros distribuidores também afirmam que está faltando
gás para revenda. Em Rio Verde, a situação se repete e os estoques do botijão
de 13 quilos de gás GLP estão vazios e não se encontra mais nas revendas.
Ao certo, ninguém explica os motivos que levaram a atual
situação, mas afirmam que além da falta do gás haverá consequências sérias no
preço. No início do mês a Petrobras informou que o valor será reajustado todo
dia 5.
No caso dos hortifrutigranjeiros não está chegando nada. A
oferta de hortifrutigranjeiros em vários mercados, é zero para vários produtos.
De acordo com o presidente da Associação
Sul-Mato-Grossense de Supermercados (Amas), Edmilson Veratti, não está havendo
abastecimentos nos estabelecimentos. “Os estoques estão diminuindo
diariamente”. Segundo ele, os itens estão ficando nas indústrias e o escoamento
da produção ainda está parado.
Vários caminhões
seguiam parados na Ceasa, em Campo Grande, e o fim da paralisação ainda era uma
incógnita após o anúncio pelo governo federal de novas medidas. A principal
delas é a redução do preço do diesel em R$ 0,46 nas bombas por 60 dias e a
isenção do pagamento de pedágio para eixos suspensos de caminhões vazios.
O governo federal atribui a indefinição ao fato de não
haver liderança no movimento e por isso a desmobilização é mais difícil.
Queda na
arrecadação
As informações das agências fazendárias são alarmantes,
porque não entram e nem saem caminhões de Mato Grosso do Sul. Muitos deles
estão carregados nos frigoríficos e não conseguem chegar ao destino. Assim como
os transportadores de grãos do Estado. O quadro é de paralisação do agronegócio
por causa da greve.
Há ainda a preocupação do abastecimento com combustíveis,
produtos alimentícios, hospitalares e outros gêneros para atender a população. O
Governador Reinaldo Azambuja ofereceu apoio logístico do Agência Estadual de
Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) e da Polícia Militar para garantir o
transporte em segurança desses produtos para Capital e interior.
De acordo com o presidente da Fiems, Sérgio Longen, além
do prejuízo diário de R$ 100 milhões no setor industrial, o Estado de MS deve
deixar de arrecadar pelo menos metade da receita de Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS). O comércio também sofre com a parasalição: no
fim de semana, o movimento dos centros comerciais da Capital caíram em 60%. E todas
exportações do Estado também foram suspensas. “Os empresários já estão
alertando que não terão dinheiro para pagar impostos e salários dos
funcionários”, reforça Longen. “Não adianta o Governo achar que vai receber [o
ICMS], porque não vai”.
terça-feira, 29 de maio de 2018