CIDADES
INTERNACIONAL
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

Milícia expulsa moradores e distribui imóveis para comparsas na Zona Oeste do Rio


Milicianos que dominam a localidade Jesuítas, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, estão expulsando moradores do condomínio Aterrado do Leme 2, do programa federal “Minha Casa, Minha Vida”, e distribuindo os apartamentos a comparsas. Há duas semanas, uma família que morava no conjunto há três anos denunciou à Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) que foi expulsa por homens armados em agosto do ano passado.
O casal e seus dois filhos — o mais novo sequer completou um ano — estão morando na casa de parentes e desejam entrar com um pedido na prefeitura para serem realocados em outro imóvel. Eles contaram à polícia que precisaram deixar o apartamento por alguns meses, no fim de 2016, por causa do tratamento médico de um dos filhos. Quando voltaram, encontraram o imóvel ocupado por outra família. Eles questionaram os novos moradores e perceberam a movimentação de homens armados no estacionamento.
Um destes homens perguntou ao casal o que estava acontecendo. Após ouvir a explicação, ele afirmou que, antes de a família poder reocupar o imóvel, a que estava morando ali precisaria ser alocada. Quando o casal disse que o apartamento era deles, ouviu do interlocutor que os novos moradores estavam ali por ordem do “Quartel General”. E explicou: ele se referia à Favela do Aço, em Paciência, onde se escondem os chefes da maior milícia do Rio.
Segundo a Draco, quem controla a região é Danilo Dias Lima. Ele foi nomeado por Toni Ângelo, chefão da milícia, que está preso. Com a captura de outros líderes do grupo, Danilo ganhou prestígio. Atualmente, expandiu seu domínios para a Baixada Fluminense.
Mais cinco unidades invadidas
A família foi informada por outros moradores que pelo menos outros cinco apartamentos que estavam vazios foram invadidos e ocupados por comparsas de milicianos que dominam a região. Após esse dia, em agosto do ano passado, a família nunca mais voltou ao conjunto.
O casal também contou aos policiais que, antes de eles serem expulsos, a milícia já havia estabelecido uma taxa de R$ 40 por apartamento para a instalação de ‘‘gatonet’’. Os paramilitares também lucram com uma mesada cobrada de cada pessoa que deseje explorar qualquer atividade comercial dentro do condomínio, como bares, mercearias e lojas que fazem parte do projeto original do conjunto habitacional.
O Aterrado do Leme 2 já foi alvo de uma investigação da Draco. Em janeiro do ano passado, agentes da especializada prenderam o então síndico do condomínio. De acordo com a Draco, a partir do momento em que Alexsandro Morais da Silva, o Cabeludo, assumiu a gestão do conjunto, em 2015, ele impôs aos moradores o pagamento de taxas estabelecidas pelos milicianos.
Antes da prisão, o EXTRA já havia revelado, na série de reportagens “Minha casa, minha sina”, no início de 2015, que milicianos expulsavam moradores que fumavam maconha dentro deste mesmo condomínio de Santa Cruz.
Série de reportagens denunciou expulsões
Em março de 2015, o EXTRA revelou, durante a série “Minha casa, minha sina”, que todos os condomínios do “Minha Casa, Minha Vida” destinados aos beneficiários mais pobres — a faixa 1 de financiamento — no município do Rio eram alvo da ação de grupos criminosos. Na ocasião, as reportagens revelaram que 18.834 famílias estavam submetidas a expulsões, reuniões de condomínio feitas por bandidos, bocas de fumo em apartamentos, espancamentos e homicídios.
Após a publicação da série, o governo federal mudou a lei que rege o programa, possibilitando que moradores expulsos por criminosos possam receber novos imóveis.
Fonte: extra.globo
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

OK NET

https://www.facebook.com/oknet.rv

OK NET RIO VERDE

http://oknetms.com.br/

SUPERMERCADO BOM PREÇO

https://picasion.com/

RESTAURANTE IZABEL

http://picasion.com/