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domingo, 20 de agosto de 2017
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

De olho no desfecho da Operação Lama Asfáltica, André admite candidatura


De olho no desfecho da Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal e da delação premiada de executivos da Odebrecht , o ex-governador André Puccinelli (PMDB) ainda está cético com relação a eventual candidatura ao governo de Mato Grosso do Sul. No entanto, admite a possibilidade de assumir o controle do PMDB e, se for o caso, disputar o governo do Estado em 2018.
Pelo menos foi isso o que ele demonstrou ao ser questionado durante a convenção do diretório municipal do PMDB, ocorrida neste sábado, na Capital, na qual o atual presidente Ulisses Rocha foi reeleito em chapa única para mais dois anos de mandato.
“Se for consensual, vou presidir o partido. E quanto a ser candidato, eu digo: até o final deste ano vou ser vovotorista", admitiu.
A eleição do diretório regional da legenda deve ocorrer em novembro e o nome do ex-governador tem apoio de várias lideranças locais, incluindo deputados estaduais e federais, além dos senadores Waldemir Moka e Simone Tebet.
Apesar do desejo dele e correligionários, André Puccinelli enfrenta fortes denúncias sobre suposto desvio milionário de dinheiro dos cofres públicos, conforme investigações da Operação Lama Asfáltica, o que certamente tem o deixado inseguro quanto a possibilidade de candidatura ao governo.
Em meados de maio ele chegou a ser conduzido coercitivamente para a Superintendência da Polícia Federal de Campo Grande, durante a 4ª fase da Operação Lama Asfáltica, que investiga prejuízo de R$ 150 milhões aos cofres públicos por fraudes de licitações e lavagem de dinheiro.
Depois, seguindo determinação judicial, foi encaminhado para colocação de tornozeleira eletrônica na Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário ), em Campo Grande.
Essas medidas foram determinadas pela juíza federal substituta Monique Marchioli Leite, da 3ª Vara Federal da Capital.
DELAÇÃO PREMIADA
Além da Operação Lama Asfáltica, André Puccinelli também é acusado em delação premiada de executivo da Odebrecht por ter supostamente cobrado e recebido dinheiro de propina para a campanha de 2010.
O executivo da empreiteira, João Antônio Pacífico Ferreira, relatou o pagamento com detalhes, em delação premiada. Foi dado, inclusive, datas e ele assegurou que há planilha para comprovar o esquema. O empreiteiro João Alberto Amorim Krampe dos Santos também foi citado como intermediário na negociação.
O caso consta em documentos levados ao STF (Supremo Tribunal Federal), mas nenhum dos três responde a inquérito.
Na delação, Pacífico afirmou que para a empresa conseguir receber um crédito milionário, precisava pagar 10% do valor a título de "auxílio de campanha". O saldo do crédito era de R$ 79 milhões, valor corrigido em 2010, mas na negociação com o Governo do Estado, a Odebrecht concedeu desconto de 70%, o que equivalia a um pagamento de R$ 23,4 milhões.
O executivo comentou que essa quantia arrastava-se há mais de quatro anos e em uma das tentativas de receber, um contato da empresa, chamado Pedro Augusto Carneiro Leão, procurou Puccinelli entre 2006 e 2007 (o período não ficou claro na delação, apenas menciona que André tinha sido eleito quando foi requisitado). As tratativas só surtiram efeito em 2010, no ano de eleição. Com informações de agências locais.
domingo, 20 de agosto de 2017

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