sábado, 2 de julho de 2016
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS
“Novo Cangaço”, polícia prende quatro do grupo que explodiu agência em Sonora
Foto: Fernando Antunes |
Apelidados pela polícia de “Novo Cangaço”, pela forma truculenta e organizada com que executam suas ações, a quadrilha que explodiu no dia 18 de abril a agência do Banco do Brasil de Sonora causando um prejuízo de mais de R$ 1 milhão, já teve quatro dos nove envolvidos presos até o momento.
De acordo com o delegado que comandou as investigações, Fábio Peró, da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), essa forma de crime é bem comum nas regiões norte e nordeste do país, sempre utilizando armamento pesado. Ele não descarta a possibilidade de que mais pessoas possam ter participado do roubo.
De acordo com informações do site Campo Grande News, José Ronaldo dos Santos, de 40 anos, Wellington Xavier, de 37 anos e Márcio Rodrigues, de 38 anos, foram presos em Várzea Grande, no Mato Grosso. Já Wemerson Alves, de 32 anos, foi encontrado pela polícia em Goiás.
Ainda estão foragidos e identificados Bruno Saraiva, de 30 anos, Ronalth Correia, de 35 anos e o chefe da quadrilha, Waldir Duque, de 32 anos, que chegou a ter sua casa vistoriada pela polícia em Goiânia, mas ninguém foi encontrado. Somente os familiares estavam presentes, conforme divulgado neste sexta-feira (01) em um balanço das investigações até o momento.
“Os integrantes vivem se mudando e moram principalmente nos Estados do Pará, Tocantins, Goiás e Mato Grosso. Esse tipo de ação do Novo Cangaço não é a primeira vez que ocorre aqui em Mato Grosso do Sul, mas é bem conhecida e realizada no norte e nordeste do país”, comentou o Delegado Fábio Peró.
As prisões foram feitas pelo Garras em parceria com a Delegacia de Sonora, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) de Cuiabá (MT) e a Delegacia de Roubo a Banco de Goiânia (GO). “Escolheram Sonora pela posição geográfica, para facilitar a fuga para o Mato Grosso, e pela economia da cidade, que tem uma usina e circula muito dinheiro.
Já é feito um trabalho de inteligência em parceria com outros Estados sobre quadrilhas especializadas em roubo de bancos, mas o que dificulta muito o trabalho da polícia é a forma como eles se reúnem e agem muito rápido”, explicou o titular do Garras, delegado Edilson dos Santos.
Dois carros usados no crime, 14 quilos de explosivos e 51 metros de fiação explosiva foram apreendidas nas ações policiais. Os explosivos estavam escondidos dentro de um barril enterrado no quintal da casa de Márcio, em Várzea Grande. Conforme o Garras, essa quantidade de explosivo poderia ser usada para pelo menos mais cinco assaltos nas mesmas proporções e estragos dos realizados em Sonora.
sábado, 2 de julho de 2016