sexta-feira, 13 de novembro de 2015
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS
'Não engravidem agora', diz Ministério da Saúde por causa da microcefalia
A microcefalia fez o governo decretar estado de emergência nacional. Um alto funcionário do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, diretor do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis, disse: “Não engravidem agora. Esse é o conselho mais sóbrio que pode ser dado”.A situação é bem preocupante, sim. Com direito a uma reunião de emergência entre representantes do Ministério da Saúde, da Secretaria de Saúde de Pernambuco e médicos infectologistas, uma força tarefa está investigando o que provocou esse aumento repentino nos casos de microcefalia no Nordeste, especialmente em Pernambuco.
Cinco famílias começaram a quinta-feira (12) no ambulatório de um dos dois hospitais de referência em Pernambuco no acompanhamento de bebês com microcefalia. Mães, pais e avós estão sem muita noção do que houve e muito menos do que têm pela frente.
Algumas mães descobriram a microcefalia durante o pré-natal porque na ultrassonografia é possível medir o tamanho da cabecinha do bebê. Outras só ficaram sabendo depois do parto.
O normal é que, logo depois do nascimento, a cabeça da criança tenha entre 34 e 37 cm, mas no caso da microcefalia, os bebês nascem com cabeça igual ou menor que 33 cm.
O normal é que, logo depois do nascimento, a cabeça da criança tenha entre 34 e 37 cm, mas no caso da microcefalia, os bebês nascem com cabeça igual ou menor que 33 cm.
Tratamentos realizados desde os primeiros anos, como terapia ocupacional e fisioterapia, melhoram o desenvolvimento e a qualidade de vida. As famílias estão sendo orientadas a procurar acompanhamento de neurologistas.
“Eles vão ter uma certa dificuldade de aprendizado, dificuldade de locomoção, de leitura, talvez tenham dificuldade de audição e de visão, mas o grau que isso pode aparecer a gente ainda não sabe”, alerta a infectologista Regina Coeli.
Os médicos tentam cruzar informações passadas pelas mães, identificar o que há em comum entre elas. Colheram sangue, líquido da coluna e urina dos bebês para tentar chegar a pistas que possam levar ao motivo do aumento repentino no número de casos.
sexta-feira, 13 de novembro de 2015