quarta-feira, 25 de novembro de 2015
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS
Lama avança 30 km ao Norte do mar no ES, diz Instituto de Meio Ambiente
Sobrevoo na foz do Rio Doce nesta terça-feira (24) (Foto: Fred Loureiro/ Secom-ES) |
A lama oriunda do rompimento da barragem da Samarco, cujos donos donos são a Vale a anglo-australiana BHP Billiton, já adentrou cerca de 30 km para o Norte do mar do Espírito Santo, segundo informou o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), na tarde desta terça-feira (24). Ao leste, mar adentro, a extensão é de 20 km e para o Sul são 5 km.O deslocamento da lama varia de acordo com o com o comportamento das ondas e da direção do vento. Segundo o Iema, a situação era diferente pela manhã: 15 km ao Norte, 5 km a lesta e 7 km ao Sul. "Tudo pode mudar com a mudança dos ventos”, alertou o secretário de Meio Ambiente, Rodrigo Júdice.
Mas o secretário garantiu que a lama não vai avançar muito pelo mar a ponto de atingir outros estados ou a capital do Espírito Santo.
"A possibilidade de ela [a lama] chegar a Abrolhos e aos manguezais de Vitória é muito irrisória. O importante é o acompanhamento, é o monitoramento do deslocamento, para a gente saber exatamente o impacto dela nas áreas de preservação próximas ao estuário e à foz do Doce", disse o secretário.
Um navio da Marinha vai ser enviado às praias de Linhares, nesta quarta-feira (25), para tentar conter os estragos causados pelos rejeitos de mineração da barragem da Samarco.
"A possibilidade de ela [a lama] chegar a Abrolhos e aos manguezais de Vitória é muito irrisória. O importante é o acompanhamento, é o monitoramento do deslocamento, para a gente saber exatamente o impacto dela nas áreas de preservação próximas ao estuário e à foz do Doce", disse o secretário.
Um navio da Marinha vai ser enviado às praias de Linhares, nesta quarta-feira (25), para tentar conter os estragos causados pelos rejeitos de mineração da barragem da Samarco.
A respeito das análises da qualidade da água presente no Rio Doce, o secretário destacou que existem dois tipos diferentes, sendo um relativo à potabilidade e outro que diz respeito aos danos ambientais. O resultado que se obteve, até o momento, foi sobre as condições da água para consumo.
“As análises que já foram feitas apontam que não há metais pesados, como o mercúrio. Existe ferro, manganês, fósforo e isso é normal, porque toda água possui esses elementos. O que prejudica a potabilidade é a quantidade deles. Podemos dizer que turbidez da água já alcançou padrões muito maiores, inclusive, em chuvas torrenciais aqui no estado”, destacou Júdice.
Já o exame da água para efeitos ambientais foi solicitada pelo Iema e está em processo de execução. Segundo o secretário, ainda não foi finalizada, pois aguarda o fluxo dos sedimentos do rio para o mar. “Temos que confrontar análises de antes e as de depois, mas os sedimentos continuam chegando, entrando no mar, então temos que esperar”, falou.
G1
quarta-feira, 25 de novembro de 2015