quarta-feira, 15 de julho de 2015
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS
Lama Asfáltica dá impulso para debandada de vereadores do PMDB
A situação, que já não era fácil, por falta de vontade de lideranças de disputar a Prefeitura de Campo Grande, ficou ainda pior dentro do PMDB. A Operação Lama Asfáltica, realizada na semana passada, deu ainda mais impulso para lideranças, que já preparam as malas para deixar o partido.
Hoje o PMDB tem sete vereadores na Câmara de Campo Grande, mas a saída de dois deles já está quase certa: Paulo Siufi e Magali Picarelli. Siufi já vem anunciando a possibilidade de saída há vários meses e os rumores sobre Magali aumentaram após a operação. Ela teria comentado a colegas de bancada que não continuará no partido.
Indagado sobre a possibilidade de saída, Siufi preferiu dizer que há uma perspectiva grande dele deixar o PMDB. Já Magali Picarelli preferiu dizer que não tem nenhuma decisão tomada, mas também não negou que há possibilidade de deixar a legenda.
Siufi ainda não esqueceu a eleição de 2012, quando pretendia disputar a prefeitura e foi preterido pelo partido, que indicou Edson Giroto (PR), hoje investigado durante a Lama Asfáltica. A operação, aliás, só serve para lembrar o vereador do episódio.
Magali Picarelli também tem como preocupação a última eleição. Ela teve mais de cinco mil votos, mas acabou ficando sem a vaga por conta da coligação com o PMDB, que acabou facilitando a vida de Grazielle Machado (PR) e Dr. Jamal (PR). O vereador Loester Nunes (PMDB) ainda não deu sinais de que pretende sair, mas também foi prejudicado pela coligação, ficando como suplente.
Qualquer pré-candidato em 2016 tem até o começo de outubro para acertar a filiação a um partido. Muitos parlamentares aguardam a sonhada janela política no Senado, que pode autorizar a troca de sigla, sem risco de perder mandato. Caso confirmem a saída, Siufi e Magali têm como rumo quase certo o PSD, que também deve abrigar o deputado Marquinhos Trad (PMDB), pré-candidato a prefeito.
Operação Lama Asfáltica
A Polícia Federal, Receita Federal e CGU (Controladoria-Geral da União) realizaram a operação na última quinta, quando cumpriram 19 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, visando obter detalhes de contratos com um dos maiores empreiteiros do Estado e principal financiados das campanhas peemedebistas em Mato Grosso do Sul, João Alberto Krampe Amorim dos Santos.
Policiais ficaram trancados por quase cinco horas com João Amorim na residência dele, na Vila Vendas, mas também foram a uma das empresas dele, a Proteco Engenharia, residência do ex-deputado Edson Giroto (PR) e na Secretaria de Obras do Estado, que também tinha contratos com Amorin. Quatro servidores foram afastados do Estado.
quarta-feira, 15 de julho de 2015