sábado, 13 de dezembro de 2014
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS
Radiografia de onde estão servidores pode gerar crise em secretarias, diz sindicato
A falta dos servidores estaduais no quadro do funcionalismo do Estado, que foram cedidos ao município, pode gerar crise nas secretarias, segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores da Administração de MS, Lilian Fernandes, sobre casos de desvio de função.
Um exemplo disso, diz, é a Setas (Secretaria de Estado de Assistência Social) que, desde 2007, cede 294 servidores que atuam nos Ceinfs (Centros de Educação Infantil) de Campo Grande. “O sindicato vem negociando com os prefeitos desde então para que eles retornem para o órgão de origem”, afirma.
Ela explica que isto, somando à falta de concursos públicos, resulta em desvio de função de alguns servidores que são realocados nas secretarias que mais precisam, como a Secretaria de Estado de Administração. O governador eleito, Reinaldo Azambuja (PSDB), anunciou na quinta-feira que vai convocar os servidores que exercem outras funções a ocupar o cargo de origem em 2015.
Sobre a fala do governador a presidente afirmou que, caso seja colocada em prática, alguns órgãos podem parar. “A Secretaria de Estado de Administração, por exemplo, se tirarem os servidores com desvio de função não vai funcionar, ela para”, afirmou.
Há grande demanda nesta pasta, que não promove concurso há mais de 12 anos, por isso, são remanejados servidores de outros setores, explica. “Tem que fazer concurso, e aí sim, depois retorna para área de origem”.
Assim como o presidente da Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos, Lilian afirma que não tem o número exato dos que estão nesta condição, mas que há. O principal motivo, diz, é a falta de concurso e cedência de servidores para o município.
No entanto, ela reconhece que alguns podem ser indicações políticas. “Mas não entro no mérito. Mesmo que seja, são poucos, de 7 mil servidores no Estado, 30 a 40 seriam de indicação, mas dentro de uma lei”.
Geralmente os servidores que são realocados são da área fim, como policiais civis, que por problemas médicos, por exemplo, são colocados em setores administrativos, afirma. Ainda segundo a presidente, os concursados da Setas, que estão cedidos ao município, poderiam preencher funções na Funtrab e Procon, áreas ligadas à Setas e que precisam de funcionários.
O presidente da Federação também afirma ser difícil o controle dos servidores em desvio de função, mas reconhece que ‘são muitos’.
sábado, 13 de dezembro de 2014