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quinta-feira, 13 de novembro de 2014
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

"SEMANA DE VALORIZAÇÃO DA CULTURA PANTANEIRA" de 10 a 15 de novembro de 2014.


Segundo os estudiosos Allison Ishy e Yara Medeiros: A vida no Pantanal não é tarefa fácil, apesar da imagem de paraíso. É difícil adaptar-se ao pulso anual de inundação e ao isolamento promovido pelas águas. Os habitantes da planície são conhecedores de plantas medicinais e das condições do clima. O vaqueiro pantaneiro guarda consigo conhecimentos de toda dinâmica do Pantanal - aprendizado necessário àqueles que precisam conduzir o gado pelas vazantes para escapar das enchentes, pois formam-se até hoje grandes comitivas de gado que atravessam os pantanais. Muitos peões pantaneiros são descendentes de paraguaios que migraram procurando trabalho após a guerra do Paraguai. Entre suas habilidades estão a doma do cavalo e a confecção de artefatos de couro.

Os piscosos rios proporcionaram uma cultura de pesca em toda a região. O pescador pantaneiro, pela observação do ambiente, tornou-se conhecedor do comportamento dos peixes; sabe em quais partes do rio a fauna aquática costuma se abrigar e pela observação do nível das águas reconhece se vai dar peixe.

O tereré, mate gelado, é costume dos Guaranis e símbolo de toda a região. Amigos se encontram nas rodas de tereré para prosear e se refrescar. Já é um hábito incorporado a grande parte da população urbana de Rio Verde. O chimarrão, mate quente, é apreciado e chegou ao Pantanal com os gaúchos.
Na música, existem registros de ritmos únicos da região, como o siriri e o cururu, sons tirados da viola-de-cocho - instrumento rústico, feito do tronco de árvores e que antigamente tinha cordas de tripa de bugio. É grande a influência dos ritmos paraguaios, como a guarânia, a polca e o rasqueado, disseminados no Mato Grosso. Bailes com esses ritmos, associados ao vanerão e ao xote dos gaúchos, são frequentes nos municípios do Pantanal. Também foram criados muitos Clubes de Laço e feiras agropecuárias.

Considerado um povo festeiro, aniversários e datas religiosas eram motivos para promover grandes festas nas fazendas para as quais as famílias se deslocavam em carros de boi. Alguns fazendeiros procuram manter essa tradição, mesmo com nuances mais modernas. Muitas festas de cunho religioso católico são registradas na planície, como os Mascarados, de Poconé (MT), festa do Divino Espírito Santo, de Coxim (MS) e a Festa de Maio em Rio Verde (MS). Houve também integração com confraternizações do Paraguai e da Bolívia, como o Touro Candil, de Porto Murtinho, e a festa de Nossa Senhora de Caacupé, em Bela Vista, Caracol e Porto Murtinho, municípios de Mato Grosso do Sul.

Pesquisadores já estão detectando transformações do modo de viver das populações pantaneiras. A chegada das redes de comunicação (TV e rádio) provoca novos anseios relativos ao consumo. Hoje os fazendeiros, em sua maioria, não moram nas fazendas, e o contato dos funcionários com o ambiente urbano é cada vez maior, pelas facilidades trazidas pelas estradas e necessidades criadas pelas relações econômicas. Novas modalidades de trabalho, como piloteiros e isqueiros, passaram a existir com a propagação do turismo de pesca e, em menor escala, o ecoturismo ou turismo contemplativo.

A comunidade Kolping Frei Tomás tem como um de seus propósitos a fomentação e divulgação da cultura pantaneira em diversas de suas ações quais sejam: jantar pantaneiro no qual o cardápio é a tradicional comida pantaneira de fazendas, matem o ponto de cultura CTP. (Centro de Tradições Pantaneiras), que oferece também aulas de música instrumental e vocal, com foco nas músicas de raiz sul-mato-grossenses e pantaneiras, realiza curso de gastronomia regional e pantaneira com carga horária de sessenta horas para empresários e cozinheiras do ramo gastronômico, cursos de sensibilização e valorização da cultura pantaneira para professores da rede municipal.

Por conta desse movimento as escolas municipais também tomaram a iniciativa de valorizar a cultura regional e pantaneira nos programas da disciplina de Arte, nas apresentações de dança de suas festas juninas. Os projetos sociais da prefeitura também têm esse foco.

Outro fator considerável no fortalecimento da cultura pantaneira tem sido fundamental o apoio do SEBRAE-MS, na implementação do Sistema Municipal de Cultura, que tem permitido seja conhecido e mapeado os diversos aspectos e agentes culturais pantaneiros que vivem no anonimato e não se reconhecem como produtores de cultura.
quinta-feira, 13 de novembro de 2014

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