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quarta-feira, 12 de novembro de 2014
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

Em crise, Santa Casa parcela pagamentos e diz que não pode financiar saúde do Estado



O maior hospital do Estado, a Santa Casa de Campo Grande vive uma crise financeira e por falta de recursos o pagamento dos contratados e dos prestadores de serviços tem sido parcelado. Com 2.600 funcionários contratados com regime de CTL, sendo desse total 221 médicos, e 344 médicos prestadores de serviços a entidade não tem como efetuar o pagamento integral dos profissionais.
Segundo o diretor do hospital, Wilson Levi Teslenco, a Santa Casa vive uma crise financeira desde agosto com os salários atrasados. Ainda de acordo com Teslenco, em outubro a Prefeitura de Campo Grande fez o repasse de R$ 3,6 milhões, dos R$ 9 milhões que teria que depositar, e com isso permitiu equilibrar as contas.
O diretor da Santa Casa ainda disse que faltam R$ 5,4 milhões, mas que a Prefeitura alega não ter o recurso. “Estamos buscando recursos do mercado para efetuar o pagamento do 13° salário, porque os salários atrasados até o final de novembro vamos normalizar”, esclarece Teslenco.
Teslenco disse que é preciso incrementar em R$ 4 milhões o convênio que desde 2011 não foi corrigido e vence no dia 27 de novembro. “O convênio precisa ter um incremento de R$ 4 milhões porque desde 2011 não foi corrigido. O custo para prestar um serviço em 2011 não é o mesmo em 2014, tudo teve um aumento”, ressalta o diretor.
O diretor do hospital disse que os custos subiram muito e a associação não tem como absorver tudo. “A Santa Casa não tem como financiar a saúde do Estado”, diz Teslenco. Ele explicou ainda que o contrato não foi assinado e se não tiver um incremento o hospital vai fechar no vermelho.
Teslenco revelou que ficaram para traz cerca de R$ 4 milhões em dívidas e sem o incremento vai ficar com deficit. O hospital está negociando um empréstimo de R$ 8 milhões para pagar o 13° salários dos funcionários e com isso as finanças fecharão o ano com um deficit de R$ 15 milhões, caso a Prefeitura faça o incremento, senão a dívida chega aos R$ 20 milhões.
O diretor disse que está tomando todas as medidas para tentar solucionar o problema, mas é uma conta que não tem como gerir. “Não existe milagre, temos que tocar a Santa Casa com os recursos que temos”, afirma o diretor.
A Prefeitura tem que repassar ainda ao hospital R$ 5,4 milhões e se a verba chegar vai permitir certo equilíbrio nas contas de novembro e dezembro, caso não ocorra,um empréstimo de R$ 8 milhões está sendo negociado para pagar o 13º salário dos funcionários.
Conforme Telesco, caso a crise persista a entidade será obrigada a cortar gastos e reduzir o número de atendimentos a partir do próximo ano. O convênio foi firmado em novembro de 2004 para o hospital conseguir empréstimo no sentido de quitar dívidas. Na época, a prefeitura se comprometeu em ajudar a pagá-lo.
Pela manhã o governador André Puccinelli disse que a obrigação é do prefeito Gilmar Olarte e que já foi até Brasília conseguir empréstimo para Santa Casa. "Falaram que R$ 82 milhões cobriam tudo e ainda está em deficit? Estou começando a ficar de saco cheio", ressalta Puccinelli.
O governador explicou ainda que a Prefeitura não efetuou o repasse que compete a ela. "Cadê os R$ 750 mil da parte da Prefeitura? E eu não tenho obrigação nenhuma com os outros R$ 750 mil. Afinal é gestão plena, gestão plena é cuidar do próprio nariz", conclui o governador.
Wilson Teslendo disse que nos próximos dias uma reunião com o novo governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), será marcada para discutir a crise financeira da Santa Casa.
quarta-feira, 12 de novembro de 2014

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