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domingo, 16 de novembro de 2014
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

Debandada pode enfraquecer PMDB nas próximas eleições


O resultado insatisfatório em duas eleições consecutivas e as divergências internas que levaram o PMDB a disputar os pleitos de 2012 e 2014 rachados, resultarão em uma debandada de fortes lideranças do partido, que saem em busca de novos rumos de olho em 2016.
O centro da rebelião está, direta ou indiretamente, ligado à família Trad. Os irmãos Nelsinho, ex-prefeito de Campo Grande, Fábio, deputado federal, e Marquinhos, reeleito deputado estadual, já declararam abertamente estarem insatisfeitos com o PMDB. O mesmo diz o vereador da Capital, Paulo Siufi, primo deles. Marquinhos e Siufi já adiantaram que vão abandonar a sigla, assim que obtiverem aval da Justiça Eleitoral, para que não corram o risco de perder os respectivos mandatos, punição a que estariam sujeitos pelas regras da fidelidade partidária.
O descontentamento tem nome e sobrenome: André Puccinelli. O estilo centralizador do governador, diz a ala tradista, impede que eles tenham espaço dentro do partido. “Hoje, o que prevalece é a vontade do André, o que não pode. Temos de ser um partido estatutário, não que defende ambições e interesses de um só”, resume Fábio Trad.
Fábio não foi reeleito deputado federal nas eleições deste ano. Segundo ele, o PMDB apoiou a candidatura da ex-secretária estadual de Produção, Tereza Cristina (PSB), em detrimento da sua.  
O mesmo aconteceu com Nelsinho, que nem chegou a passar para o segundo turno na corrida para suceder Puccinelli no governo do Estado e acabou em terceiro lugar. Um grupo apoiou explicitamente o candidato do PT, senador Delcídio do Amaral, por considerar que Nelsinho não seria nome forte para unir o partido. Para esta ala, vice-governadora Simone Tebet, que acabou disputando o Senado na chapa peemedebista – e foi eleita – seria a ideal. 
Siufi, que viu não ser escolhido pelo PMDB como candidato à prefeitura da Capital em 2012, promete sair do partido para viabilizar o projeto em 2016. “Sei que no PMDB não terei espaço”, atesta. Então presidente da Câmara, ele acreditava ter a força política necessária para vencer a eleição, mas, em vez dele, o atual secretário estadual de Obras, Edson Giroto, e afilhado político de Puccinelli, foi o nome lançado pelo partido.
Se a candidatura à prefeitura se concretizar, Siufi pode enfrentar o primo Marquinhos Trad. Campeão de votos por duas em duas eleições consecutivas, o deputado já avisou que deixará a legenda para concorrer ao cargo. Ambos cogitam abrigar-se no Rede Sustentabilidade.
domingo, 16 de novembro de 2014

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