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sábado, 27 de setembro de 2014
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

GAECO conclui inquérito que investiga Olarte, e afastamento ou prisão depende do PGJ e TJ-MS


A investigação do Gaeco sobre a cassação de Alcides Bernal, no qual resultou o Procedimento Investigatório Criminal nº 02/2014/Gaeco , chegou ao seu fim.
Segundo o GAECO informou agora a pouco, a investigação 02/2014 que estava sob a sua responsabilidade, onde é investigado os crimes de corrupção passiva, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e estelionato, onde consta como investigado o prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte (PP), estão concluídas e já foram enviadas à Procuradoria Geral de Justiça para o oferecimento de denúncia crime.
A denúncia criminal contra o Prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP) , apresentada pelo Gaeco, foi recebida (23/9) pela PGJ. A decisão, que torna o Prefeito réu em ação penal -na qual terá amplo direito à defesa -, também pode determinar o seu afastamento cautelar do cargo por 180 dias ou prisão.
O prefeito foi denunciado pelos crimes de corrupção passiva, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, estelionato, coação e ameaça à testemunhas.

Do Gaeco

“No caso em exame tem-se claro que existe uma associação criminosa, voltada à prática de delitos graves, cuja característica do modus operandi e dos delitos cometidos pelos agentes tem por base a utilização de comunicação telefônica, para o comando de suas ações”, asseverou o promotor de Justiça Marcos Alex Vera de Oliveira, do Gaeco, ao postular autorização para os “grampos”, prontamente deferida pelo juiz de Direito Aluizio Pereira dos Santos.
As revelações da investigação promovida pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPE/MS) comprometem, além de Gilmar Olarte e Ronam Feitosa de Lima, diversos agiotas que operam no mercado sul-mato-grossense, além de políticos e, principalmente, um grupo empresarial chefiado por grande empreiteiro que há várias administrações fatura alto nos cofres públicos da “Cidade Morena”.
“O esquema contaria, ainda, com a participação de outros indivíduos que atuariam tanto nas articulações para o desenvolvimento do golpe, bem como agiriam como ‘laranjas’ figurando como proprietários de bens que na verdade seriam de propriedade de Ronam Edsom e Gilmar Olarte”, destaca trecho do relatório produzido pelo Gaeco.
“Verificou-se, também, que alguns dos cheques recebidos de terceiros, principalmente pela pessoa de Ronam (que mantém relações diretas com Gilmar), de alguma forma foram parar em mãos de agiotas (…) sob a promessa de recebimento de vantagens em uma futura administração municipal, tais como posse de terrenos e favorecimento na contratação para execução de obras públicas”, prossegue o MPE, que aponta suposto “conluio encabeçado por Gilmar Antunes Olarte, na época vice-prefeito, e perpetrado por Ronam Edsom Feitosa de Lima, na época funcionário da Secretaria de Educação, que estariam agindo com intuito de angariar fundos para financiamento de vereadores e captação de sufrágio, buscando influenciar no resultado da votação da comissão processante que apurou supostas irregularidades praticadas na administração do então prefeito Alcides Bernal, pois a cassação deste acarretaria a ascensão de Gilmar Olarte ao cargo de prefeito; para esse feito, Ronam Edson estaria arrecadando doações de empresários, com promessa futura de favorecimento na administração municipal quando Gilmar Olarte ascendesse ao cargo de prefeito e nessa ocasião utilizaria a estrutura da prefeitura para beneficiar os doadores”.
Nas interceptações telefônicas realizadas pelo Gaeco sob autorização da Justiça sul-mato-grossense, um dos “alvos” confidencia que “cada vereador que votou a favor da cassação do prefeito Alcides Bernal teria recebido R$ 1 milhão”. Certa vereadora supostamente envolvida no esquema – candidata à Secretaria de Educação e a um grande negócio de sete milhões – usa número telefônico registrado em nome do irmão deputado.
Depois que Bernal foi cassado e Olarte assumiu a prefeitura campo-grandense, vieram as cobranças. Assim que “os rolos estouraram”, pressionado, ameaçado e chantageado, Ronam Feitosa de Lima – que teria feito “coisas do inferno” – deu no pé. Correu para Três Lagoas (MS), depois para Santos (SP) e finalmente para a capital paulista, onde foi preso a pedido do Gaeco e por determinação do desembargador Ruy Celso Barbosa Florence, do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul (TJ/MS).
Nesse tempo, continuou recebendo normalmente seu gordo salário – cerca de R$ 7 mil – na prefeitura de Campo Grande, além de interceder pela esposa e filho que também queriam bons cargos de confiança na administração do ‘patrono’ Gilmar Olarte.

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sábado, 27 de setembro de 2014

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