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quarta-feira, 27 de agosto de 2014
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

Acampados na BR-163, sem-terras não tem previsão de sair


Com banheiros improvisados e cozinha montada debaixo de um viaduto, cerca de 600 famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) estão acampadas desde segunda-feira, 25, às margens da BR-163, na saída para São Paulo, há 20 quilômetros da Capital. Eles deixaram a região do Gameleira onde estavam por quatro anos e reivindicam o avanço da Reforma Agrária.
A cada hora, mais pessoas chegam da Gameleira para ocupar a área que pertence à empresa CCR MSVia, responsável desde abril deste ano pela duplicação da rodovia. Os barracos também estão próximos à linha férrea administrada pela América Latina Logística (ALL). Hoje, os grupos aguardavam a chegada de Oficiais de Justiça que iriam no local para pedir a retirada do acampamento, mas até o fechamento da reportagem, a ação não ocorreu.
Em nota, a CCR MSVia avisou que está estudando o assunto e preferiu não se pronunciar. A concessionária ALL informou que, se constatada a invasão, serão ajuizadas ações de reintegração de posse, em razão de obrigação contratual e legal de zelar pelo patrimônio da União que está sob sua administração. Eles alegaram também que irão garantir a segurança dos invasores instalados em área de risco devido à proximidade com a linha férrea.
De acordo com Rodionei Merli, 40 anos, presidente do Movimento de Agricultura Familiar (MAF), o objetivo é chamar atenção do Governo e do Incra Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para a distribuição de terras aos trabalhadores. "É uma promessa não cumprida. Nos deram o prazo de no máximo até julho para sermos encaminhados e até agora nada", afirmou.
A maioria dos trabalhadores estavam acampados na antiga área da Gameleira, para onde foram transferidos há cerca de quatro anos. O local, segundo eles, funcionava de forma precária e era tomado por lama e animais peçonhentos. "Esqueceram da gente lá e só porque instalaram água e luz, acharam que não precisavam mais fazer nada por nós", diz Valdirene Vieira, 45 anos, que ficou com a família na região por três anos. "O governo precisa olhar para nós, precisamos de terra para produzir, cultivar nossos sonhos", completou.
Por enquanto, as famílias não tem previsão de deixar o local e ressaltam que pretendem se firmar na área até que a situação das terras seja solucionada. "As eleições estão aí e logo o governo muda e toda nossa luta tem que começar do zero e vem a burocracia de novo", afirma Rodionei que pretende furar um poço no local para obter água. "Vamos ficar pelo tempo que for preciso", sustenta.
quarta-feira, 27 de agosto de 2014

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