terça-feira, 20 de maio de 2014
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS
Bebê nasce sem ânus, médica dá alta e problema só é percebido três dias depois
Em Sidrolândia, no dia 13 de maio, um caso curioso chamou atenção se houve descuido médico no quadro clínico de um bebê recém-nascido André Augusto Rosa Ribeiro, que segundo familiares, esta entre a vida e morte na Santa Casa de Campo Grande. A criança nasceu sem o ânus e a malformação não foi identificada imediatamente, o que teria agravado o problema de saúde.
Leonilda Rosa, 21 anos, mãe do bebê que nasceu com a anomalia, acusa os médicos que fizeram o parto de negligência. Ela conta que após ser submetida ao parto-cesariana e posterior retirada do bebê, no dia seguinte (14) foi liberada pela médica pediatra Drª Dolores Luís, que fez os exames de praxe, não percebeu nada e autorizou a amamentação.
A malformação foi descoberta pela avó da criança Elenita Marques Rosa, 48 anos, três dias depois, quando foi chamada pela filha porque não conseguia fazer o bebê parar de chorar. Em casa, a mãe da criança que sofre de retardo mental não notou o problema. Elenita conta que ao pegar o bebê para dar banho viu que ele não conseguia evacuar e, ao tirar sua roupa, percebeu que o recém-nascido tinha o ânus imperfurado.
Desesperada ela procurou o médico pediatra Dr. Mauricio Anache que encaminhou a criança em vaga zero para atendimento emergencial no hospital Regional na Capital, de onde foi transferido para Santa Casa. Entrevistada pela reportagem do regiaonews na tarde de hoje a avó diz que o bebê está internado numa Unidade de Terapia Intensiva e já pediu auxílio da Defensoria Pública para investigar o caso.
A reportagem ouviu os médicos obstetras que realizaram o parto Dr. Jurandir Cândido e Assan Abdalla, que detalharam o procedimento cirúrgico explicando que após o nascimento do bebê, a avaliação das condições de saúde da criança é de responsabilidade do profissional ligada à área de pediatria que acompanha toda a atuação durante o parto.
Drª Dolores Luís também foi ouvida. Ela garante que fez todos os procedimentos de praxe, deu alta a mãe e ao bebê após a confirmação de que a criança havia defecado. “Fiquei surpresa com a informação, apesar de ser normal, passado alguns dias do nascimento, surgirem problemas de malformação, por isso, solicitados os exames do pezinho e da orelhinha”, afirma.
Apesar das informações, a pediatra não soube responder se fez todos os exames físicos na criança, como por exemplo, observar a anomalia ora relatada. Ficou “vazia” às explicações a cerca do fato, se limitou em informar que o problema foi resolvido porque a criança esta em tratamento na Santa Casa. A médica rebateu as informações de que o bebê esta internada em estado grave.
“Até onde eu sei, o caso dele não é grave, por tanto, não corre risco de morte”, infirmou, mas não descarta ter havido complicações no decorrer do processo cirúrgico porque como se trata de malformação congênita, “a criança pode ter nascido com outros problemas, daí o agravamento do quadro clínico”, explica.
Midiamaxnews
terça-feira, 20 de maio de 2014