Em Rio Verde/MS,Cerca de 3 mil pessoas participaram da audiência pública sobre Evasão Escolar e Violência nas Escolas com o Promotor Sérgio Harfouche

 Paulo Sergio

A População teve uma participação fundamental na audiência pública.

Nesta quarta-feira (04),  mais de 3.000 pessoas entre pais, professores e trabalhadores da educação publica de Rio Verde/MS,  estiveram participando de uma Audiência Pública,  que destacou o projeto desenvolvido pelo Promotor de Justiça da vara da infância e da juventude da Comarca de Campo Grande, Doutor Sérgio Fernando Harfouche. 

A Promotora de Justiça d a comarca de Rio Verde, Drª Fernanda Proença Azambuja ficou muito contente pois o publico se fez presente atendendo a convocação do ministério publico e das escolas. “Hoje foi uma tarde em que os pais tiveram a oportunidade  de resgatar os valores familiares que já estavam perdidos, sendo feito uma releitura do estatuto da criança e o adolescente, a fim de esclarecer e resgatar a autoridade dos pais e por consequência o respeito aos professores nas escolas, para que os jovens que hoje é indicisplinado, não possam no  futuro bater nas portas da justiça.”Concluiu a Drª Fernanda.
Com o  tema “Projeto contra a evasão e violência escolar trata-se da autoridade dos pais sobre os filhos; e tem sido desenvolvido no estado em parceria com a Rede Pública de Educação. A palestra aconteceu no Ginásio de Esportes Éder Rodovalho Maciel e teve início com algumas apresentações culturais da Banda Musical da Escola de Música "Som do Pantanal" e uma dança regional com alunos do 5ºB, 7ºB, 8º B, 8ºC e 3º ano do Ensino Médio  da escola Vergelino Mateus de Oliveira.
Durante a realização do PROCEV, o mentor do projeto e promotor Doutor Sérgio Harfouche, apresentou vários temas, como, orientação sexual, autoritarismo, libertinagem, direitos e deveres das crianças e adolescentes, gravidez na adolescência, violência, amor na família, etc..Entre o abuso da autoridade, que seria o autoritarismo, e o abuso da liberdade, que é essa libertinagem, o que nós percebemos é isso: um agravamento desse quadro no comprometimento da formação e até mesmo da sobrevivência do adolescente. Vários temas foram abordados e alguns aprovados como  a parceria entre os pais e as escolas disciplinando corretamente o aluno aplicando os valores morais. Em Sua palestra em Rio Verde/MS o Promotor disse ser favorável que adolescentes exerçam alguma ocupação, sem prejuízo às atividades escolares, como forma de aquisição de responsabilidade. 

Em relação à escola, fazia parte do Plano Nacional de Educação de 2001 a meta de tornar integral o Ensino Fundamental e Médio de todas as escolas públicas e privadas com prazo até 2011. Em 2012 se constatou que em 10% dessas escolas cumpriram com essa meta.
O Promotor citou um caso que em Campo Grande, após o prefeito orgulhosamente apresentar uma escola integral, dizendo para mãe: ‘agora você vai trabalhar e o seu filho ficará estudando de manhã e à tarde’ e a mãe o interrompeu e disse ‘o que eu faço com ele à noite? Os pais parecem ter perdido também as responsabilidades com seus filhos.

A escola é um elemento fundamental de educação e eu tenho usado a escola como resgate desse propósito de fortalecer a autoridade no lugar do autoritarismo. No lugar de ficar mandando guri para delegacia, na escola quebrou, conserta; sujou, limpa; destratou, retrate. Não como tão somente uma forma de punição ou de devolução do mal praticado, mas como uma forma de educar administrativamente e não policialescamente dentro do sistema penalista. Isso, claro, trazendo a participação dos pais no compromisso de levar para suas casas essas medidas de controle.

Nesta hora o promotor foi aplaudido de pé por alguns minutos pelos pais ou responsáveis.
Harfouche destacou que o Código Civil concede esta responsabilidade aos pais e criticou os excessos cometidos na suposta defesa contra o trabalho infantil: “Em hipótese alguma se deve tolerar o trabalho juvenil, o trabalho de adolescentes que prejudique a escola. Porém, deixá-los na ociosidade depois de um período de escola, também é lançá-los à morte ou na marginalidade”, esclareceu.  O Estatuto da Criança e do Adolescente foi “mal ensinado à sociedade”, “trazendo a idéia de impunidade para a sociedade como um todo e até para o próprio adolescente, no momento em que ele se vê à vontade pra fazer o que bem entende”, comentou o Dr. Sérgio  Harfouch.

Prefeito Mário Kruger, Promotor Dr. Sergio Harfouche, Promotora Drª Fernanda e Juiz de Direito Dr. Pedro Henrique.

É importante ressaltar que  o ministério público estará acompanhando as escolas e tudo que  foi discutido e aprovado nesta audiência será colocado em prática já apartir do ano letivo de 2014.
“Atualmente cerca de 700.000 garotas com menos de 16 anos estão engravidando por ano no Brasil, e o nosso país e 4º colocado em que se mata mais jovem abaixo de 19 anos. Não podemos continuar desse jeito, é preciso mudança, é preciso uma melhor educação familiar, pois, hoje a
libertinagem mata mais que o autoritarismo”, disse Sérgio Harfouche.

O Prefeito Municipal Mário Alberto Kruger agradeceu  todas as pessoas que  participaram e em especial a Drª Fernanda, que tem sido um exemplo no trato com a moral e respeito, agradecendo também ao Doutor Sérgio Harfouche e a todos que colaboraram pelo belíssimo trabalho realizado.
“Com  mais respeito, mais amor ao próximo, começa o resgate da autoridade familiar e a disciplina nas escolas”, disse o Prefeito Mario Kruger.