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sexta-feira, 11 de outubro de 2013
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

Campo Grande: MS deve conquistar a "grife Pantanal" e ter R$ 22,7 bilhões em investimentos

CGNews/PCS
Governador conta que o mais importante de tudo será a melhoria na qualidade de vida do sul-mato-grossense

Ao completar 36 anos de criação nesta sexta-feira, 11 de outubro, Mato Grosso do Sul tem boas perspectivas de ampliar o PIB (Produto Interno Bruto), que é 11º do País com R$ 43,5 bilhões, conforme dados de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Só em grandes projetos, o governador André Puccinelli (PMDB) prevê investimentos de R$ 22,7 bilhões.
Além disso, com a inauguração do Centro de Pesquisa e Reabilitação da Ictiofauna, mais popularmente conhecido como Aquário do Pantanal, Mato Grosso do Sul deve ganhar a guerra histórica com o vizinho Mato Grosso e faturar a “grife Pantanal”. A expectativa é de que a obra, orçada em R$ 100 milhões e prevista para outubro de 2014, viabilize pesquisas sobre a fauna pantaneira e atraia estudantes e universidades do mundo inteiro.
"Daqui a cinco anos vocês vão ver o que centro de estudos de pesquisa vai fazer na cabeça das pessoas por causa do intercâmbio mundial, nós vamos nos apropriar da grife pantanal, por causa do intercâmbio das universidades e a gurizada vai introjetar que Estado do Pantanal é Mato Grosso do Sul", apostou o governador.
Ele ainda aproveitou para rebater as críticas por conta do investimento milionário. "Na pesquisa, está aparecendo 0,2% de citação como crítica para o Aquário do Pantanal e 2,2% como a obra do governo", revelou.
Para Puccinelli, o mais importante é a conquista” da grife para impulsionar o turismo no Estado, que já cresceu quase 300% nos últimos sete anos, de 40 mil para 159 mil turistas por ano. Segundo o chefe do executivo estadual, o tempo de permanência para conhecer as belezas naturais aumentou de dois para 3,9 dias, em média.
O turismo vem garantindo o desenvolvimento econômico de regiões que precisam preservar o meio ambiente. Mas não tem ficado restrito ao município de Bonito e ao Pantanal, que estão se consagrando no turismo mundial. Na região norte, Costa Rica, com suas belas cachoeiras, vem atraindo cada vez mais visitantes.
Com a pavimentação da rodovia entre São Gabriel do Oeste e Aquidauana, prevista para ser entregue até o fim do atual mandato, o governador pretende incluir outras cidades, até então esquecidas, na rota dos adeptos do ecoturismo, um dos setores que mais cresce no mundo.
Indústria
O mais importante é que o Estado vem conseguindo superar o binômio grãos e boi. Nos últimos sete anos, foram R$ 29,5 bilhões em investimentos, com a chegada de 252 novas indústrias e a geração de aproximadamente 90 mil novos empregos.
A expectativa era de que Mato Grosso do Sul quadruplicasse o número de usinas de etanol e açúcar. No entanto, apesar da crise econômica mundial, que freou os investimentos no setor desde 2008, o número de usinas passou de 11 para 25 unidades, que passam a produzir etanol, açúcar e energia elétrica.
O governador prevê que outras quatro usinas de etanol devem investir R$ 4,8 bilhões. A previsão é ampliar a produção atual de etanol, em torno de 2,5 bilhões de litros por ano, e viabilizar a construção do duto para levar etanol e trazer derivados do Petróleo entre o Estado e o Paraná. O duto é um dos grandes sonhos do governador, mas a obra depende da exportação de 2,5 bilhões de litros de álcool combustível para sair do papel e se tornar viável economicamente.
Celulose
Após ganhar duas mega fábricas de celulose, da Fibria e Eldorado, que produzem 2,8 milhões de toneladas por ano, o governador prevê a chegada de mais duas empresas ao Estado, com a expectativa de investirem R$ 16 bilhões e criarem 5 mil empregos diretos na fase de operação. Só a construção deverá exigir a contratação de 16 mil operários, com se toda a população de Mundo Novo fosse mobilizada para garantir as duas obras.
As novas indústrias de celulose vão ampliar o centurão de eucalipto, que estava restrito a divisa com São Paulo. A primeira fábrica, com previsão de investir de R$ 7 bilhões a R$ 8 bilhões, deve impulsionar a economia de Ribas do Rio Pardo, a 103 quilômetros da Capital e com a economia totalmente baseada na pecuária. A cidade tem o segundo maior rebanho do Estado, com 1,1 milhão de bovinos.
O governador dá pista de que a indústria é formada por empresas nacional e estrangeira. No entanto, não revela o nome do grupo. Ele garante que as obras começam em junho do próximo ano.
A quarta indústria deve ser a Arauco Celulose, do Chile, mas que depende da mudança na interpretação da lei que restringe a compra de terras por estrangeiros. A empresa pode investir R$ 8 bilhões na região de Inocência e Paraíso das Águas. Localizada a 335 quilômetros da Capital, a pequena Inocência deve dobrar a população de 7,9 mil habitantes durante a construção da fábrica de celulose.
E se não faltar a qualificação, 30% dos moradores podem trabalhar na indústria, já que a previsão é a geração de 2,5 mil empregos diretos em toda a cadeia.
O outro grande investimento é na construção do pólo da borracha em Cassilândia, que pode receber investimentos de aproximadamente R$ 1 bilhão. O município já começou o cultivo de borracha para transformar a economia da pequena cidade e consolidar o desenvolvimento de toda a região do Bolsão.
Um grupo americano vai investir em Chapadão do Sul em uma grande indústria. Outro grupo chinês vai investir R$ 640 milhões na produção de 600 mil toneladas de milho por ano. O grão deve agregar valor à agricultura. “Serão produzidos 40 tipos de produtos”, garantiu o governador.
Para solucionar o grave problema de falta de indústrias e de emprego na fronteira com o Paraguai, assolada pelo crime organizado e pelo tráfico de drogas, o governador aposta nas pequenas indústrias do vestuário. Ele avalia que elas vão exigir infraestrutura mínima e poderão contemplar até os índios, que vivem em situação de miséria por falta de oportunidades de trabalho.
Marcas
Apesar de contabilizar investimentos bilionários e a transformação da base econômica do Estado, o governador André Puccinelli pretende imprimir nos dois mandatos a marca "da melhoria da qualidade de vida" da população. “O principal será a melhoria na qualidade de vida e mais gente empregada”, afirmou, em entrevista ontem (10) na Governadoria.
"O mais importante é o social, se as pessoas estão bem, estão bem, do que adianta ter dez Eike Batista com R$ 37 bi(lhões) e o resto nada", emendou. Ele também enumerou como destaque a redução no déficit habitacional, a melhoria no ensino com a elevação de indicadores na educação e redução dos índices de criminalidade.
“Mato Grosso do Sul foi o estado brasileiro que mais reduziu os índices de violência segundo levantamento do Ministério da Justiça”, afirmou. E ainda compara que a situação da criminalidade é muito inferior a registrada em São Paulo e Rio de Janeiro. "Fomos premiados e recebemos recursos por isso", completou.
Apesar de frisar a responsabilidade dos municípios com a saúde, Puccinelli também fez questão de ressaltar ações no setor, como a construção de hospitais. "Até o final do mandato, vamos entregar a primeira etapa do hospital de Três Lagoas e de Dourados, vamos concluir o hospital de Ponta Porã e já entreguei o hospital de Coxim, Chapadão, Fátima do Sul e de Nova Andradina e mais o Regional de Campo Grande, que ampliou a quantidade de serviço e virou hospital dito pelo Ministério da Saúde como referência no centro oeste", destacou.
E, num gesto raro, o governador admitiu que não identificou uma marca específica para os oito anos de mandato a frente do Governo do Estado. “Tem muitas, sei lá, o povo que vai escolher”, concluiu.
sexta-feira, 11 de outubro de 2013

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