sexta-feira, 6 de setembro de 2013
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS
Polícia apresenta pistoleiros e passa longe do mandante na morte de ex-delegado em MS
Minamar Junior midiamaxnews
Da esquerda p/ direita: Antônio, Rafael e José Moreira |
Dos três suspeitos de estarem envolvidos na morte do delegado aposentado Paulo Magalhães, em 25 de junho deste ano, dois foram apresentado à imprensa na manhã desta quinta-feira (5), na delegacia do Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos). Participaram da coletiva o delegado adjunto do Garras, Márcio Oshiro Obara, o delegado da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios, Edilson Santos Silva, e o titular do Garras, Alberto Viera Rossi.
José Moreira Freires, 40 anos, guarda municipal, conhecido como Zezinho é apontado como quem atirou contra o delegado. Já Antônio Benites Cristaldo, 37 anos, vigilante, é o proprietário da motocicleta usada no crime.
O terceiro envolvido é Rafael Leonardo dos Santos, 29 anos, sem profissão definida. A princípio, ele está foragido. Contudo, a polícia cogita que ele possa estar morto. Uma das suspeitas é que seja dele o corpo encontrado mutilado no lixão no último dia 20 de agosto. O caso ainda é um mistério para a polícia.
Durante a apresentação, a polícia confirmou a participação dos três no crime. Eles deixaram de ser considerados suspeitos e são apontados como os responsáveis pela morte de Paulo Magalhães.
Conforme a polícia, o crime foi sendo desvendado depois que eles receberam denúncias anônimas apontando o envolvimento dos três na morte do delegado. Com as investigações se concluiu que eles realmente mataram Paulo. A confirmação não foi feita apenas pela inteligência da polícia como também com a comparação das imagens de câmara de segurança das imediações da casa da vitima e do local onde aconteceu o crime.
A polícia revela que apesar de os executores estarem presos, não descarta que o crime seja de mando. Conforme os policiais, a investigação caminha para isso. “Nenhum dos três envolvidos tinha ligação com Paulo Magalhães. Mas, ainda não se chegou ao nome deste mandante. Eles ficaram em silêncio o tempo todo”, diz a polícia.
Foi levantada uma hipótese, extraoficial, que o crime teria custado R$ 600 mil. A polícia não confirma, mas informa que está sendo feito um levantamento da evolução patrimonial dos envolvidos.
Monitorado
Conforme a polícia, os criminosos teriam monitorado o delegado desde a casa dele até a escola da filha e lá decidiram fazer a execução. O monitoramento teria iniciado às 7 horas e o crime aconteceu às 17 horas. “Eles ficaram por mais de dez horas observando os passos do delegado”, explica.
Prisão
Os dois presos se apresentaram espontaneamente há aproximadamente 15 dias. Como os indícios eram fortes em relação à participação deles foi decretada prisão temporária. Passado este período, que vence em 19 de setembro, a polícia deve pedir prisão preventiva até que se conclua o processo na Justiça
sexta-feira, 6 de setembro de 2013