Ministro das Relações Exteriores deixa o governo após fuga de boliviano
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, deixou o governo
na noite desta segunda-feira (26) após reunião com a presidente Dilma
Rousseff. O Palácio do Planalto informou que Luiz Alberto Figueiredo,
representante do Brasil na Organização das Nações Unidas, assumirá no
lugar de Patriota. E o ministro ocupará o lugar de Figueiredo na ONU.A entrada do senador boliviano Roger Pinto Molina no Brasil
foi o que motivou a demissão do ministro. Molina estava asilado há mais
de um ano na embaixada brasileira na Bolívia e chegou neste domingo ao
país acompanhado do presidente da Comissão de Relações Exteriores do
Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES). O diplomata Eduardo Saboia
é apontado como principal responsável pela retirada do senador.
De acordo com o deputado Ferraço (PMDB-ES), Pinto viajou em uma comitiva de dois carros da embaixada, com placas consulares, e acompanhado de Saboia e de dois fuzileiros navais quefazem a segurança da embaixada. Nas missões no exterior, os militares respondem não ao Ministério da Defesa, mas ao chefe da representação consular - no caso, Sabóia.Ao fim de uma viagem de 22 horas de carro, onde passaram por cinco controles militares, incluindo os da fronteira, o diplomata teria ligado para Ferraço. "Ele me ligou e disse que estava com o senador em Corumbá, mas não tinha como levá-lo até Brasília. Tentei falar com o presidente do Senado (Renan Calheiros) e outras autoridades, sem sucesso. Então, consegui um avião. Fui buscá-lo para levá-lo para Brasília", contou Ferraço.
Ferraço afirma que Saboia contou a ele que vinha conversando havia algum tempo com o Itamaraty sobre a situação do senador boliviano.
*Colaborou Vitor Sorano, iG São Paulo
*Com Agência Brasilterça-feira, 27 de agosto de 2013