CIDADES
INTERNACIONAL
sábado, 27 de abril de 2013
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS

Jogador deixa o Rio com medo de represálias e nega que tenha sofrido tortura


G1

Assustado com o suposto episódio de tortura no complexo de favelas da Maré, o jogador do Vasco Bernardo deixou o Rio de Janeiro com medo de represálias. Em entrevista o jogador do Vasco negou a suposta tortura.
A polícia, no entanto, intimou Bernardo a depor como vítima dos traficantes que o teriam torturado com choques elétricos e socos pelo delegado José Pedro Costa, titular da 21ª DP (Bonsucesso) na tarde desta sexta-feira. O jogador, no entanto, adiou a ida à delegacia, segundo informações . Wellington Silva, do Fluminense, que segundo o delegado estaria acompanhando Bernardo, também terá de prestar depoimento. No entanto, os dois jogadores só devem depor na próxima semana.De acordo com o delegado, o jogador do Fluminense, que é nascido e criado na Maré, teria negociado a libertação de Bernardo com os traficantes. José Pedro, porém, disse não ter expectativa de que ele colabore com a investigação. "É cria da favela, tem família lá", disse o policial.
Na manhã desta sexta-feira, Wellington Silva falou por telefone e, segundo ele, não teria encontrado Bernardo na favela: "Nasci no Complexo da Maré, minha família ainda mora lá. No domingo, fui visitá-los e me falaram que o Bernardo estava lá. Tinha tempo que não falava com ele, queria encontrá-lo, fiquei esperando para ver se conseguia conversar com ele, o pessoal falou que ele estava por lá. Mas fui embora e ele não apareceu. Ele me ligou depois e disse o que aconteceu. Eu falei: “Tu é doido, Bernardo?!” Ele disse que ainda estava muito abalado e depois conversaríamos pessoalmente. Ontem (quinta), ele me ligou novamente e disse que não sabia porque meu nome estava envolvido, já que não estive com ele e soube (que era apontado como salvador de Bernardo) pela imprensa" afirmou.Wellington Silva disse que, caso estivesse com o jogador, não teria problemas em ajudá-lo. Pelo contrário: "Se eu estivesse, seria um prazer dar uma ajuda, ele é meu amigo. Mas eu nem sabia de nada. Estou assustado, pois me envolve em uma coisa de que não participei", garante.Segundo reportagem, o jogador do Fluminense estava visivelmente nervoso com todo o caso e garantiu repetidas vezes que não encontrou Bernardo nem atuou como intermediário para salvá-lo dos traficantes."Não teve isso (conversa com traficantes), eu não estava no momento, soube bem depois, não falei nada com ninguém. Não o encontrei. Deu minha hora e tinha que voltar para minha casa, no Recreio. Fui embora e não vi o Bernardo. Ainda quero falar com ele pessoalmente. E acho que o problema não foi domingo nem segunda, e sim na terça-feira".
Nota do Vasco
Apesar de o jogador Bernardo negar a suposta tortura, o Vasco da Gama divulgou uma nota na tarde desta sexta-feira afirmando que vai prestar assessoria jurídica e psicológica ao jogador. O time disse ainda que não vai se pronunciar publicamente sobre o assunto, "a fim de preservar o bom andamento das investigações".
"Em virtude dos últimos acontecimentos envolvendo o atleta Bernardo Vieira de Souza, o Club de Regatas Vasco da Gama esclarece que, apesar de tratar-se de assunto alheio a questão desportiva, oferece todo o suporte ao jogador, prestando assessoria jurídica e apoio psicológico. Informamos que tanto Vasco da Gama quanto o atleta não se pronunciarão publicamente sobre o ocorrido, a fim de preservar o bom andamento das investigações".
Entenda o caso
No momento do sequestro, Bernardo estaria acompanhado de mais um jogador, também criado na Maré, mas que ainda não teve a identidade revelada. No entanto, foi o nome de Wellington Silva que surgiu na história. Ele está sendo apontado como o salvador de Bernardo e teria argumentando com os traficantes que, se o jogador morresse, "a favela teria UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) no dia seguinte". Mas  Wellington Silva negou ter encontrado Bernardo no domingo.O delegado José Pedro disse que já ouviu a mulher que estava com Bernardo, Daiana Rodrigues. "Eu ouvi a namorada e ela não me forneceu maiores informações sobre o crime. Disse temer por sua família. Vou intimar os dois jogadores para depor para que eles expliquem o que aconteceu" afirmou o delegado.De acordo com o investigador, a jovem foi baleada com cinco tiros, sendo dois de raspão. A Secretaria municipal de Saúde, contudo, informou que Daiana foi ferida com apenas um tiro na perna direita. Ela já passou por cirugia e foi liberada pelo Hospital municipal Paulino Werneck, na Ilha do Governador.Daiana não quis contar aos policiais quem atirou nela e disse que, caso os agentes insistissem, diria que foi vítima de bala perdida. Segundo José Pedro, ela não voltou para casa depois de ter alta. Apavorada, a jovem está escondida e disse que não quer proteção policial.Horas antes de ser levado por traficantes no Complexo da Maré, o jogador participou de uma feijoada na casa do amigo Evaristo Peres. O atleta do Vasco foi até o local com amigos, mas sem a atual namorada, Monique Braga. Bernardo acabou sendo levado por bandidos a mando de Marcelo Santos das Dores, o Menor P, chefe do tráfico no local, por suspeita de que ele estaria se envolvendo com a namorada do traficante.O casal teria sido flagrado por bandidos da Favela Salsa e Merengue, de onde foram para uma casa no Morro do Timbau. Lá, teriam sido amarrados com fita crepe, torturados e espancados. Bernardo também teria levado choques elétricos e libertado. Segundo informações do Extra, o traficante pediu desculpas à família de Daiane. Ele teria dito que atirou nela por causa de uma crise de ciúmes. Menor P é um dos bandidos mais procurados do Rio. O Disque-Denúncia oferece uma recompensa de R$ 2 mil por pistas que levem à prisão do traficante. Ele teve a prisão decretada pela Justiça a pedido da 21ª DP, depois que inquéritos da delegacia confirmaram que ele é chefe do tráfico na Maré. Em março deste ano, Menor P e outros quatro cúmplices foram condenados a quatro anos de prisão. Ex-integrante da brigada paraquedista, Menor P se tornou se tornou um dos chefões do tráfico depois da morte de Márcio José Sabino Pereira, o Matemático, baleado numa operação policial em maio de 2012.
Apoio 
Prestes a passar uma cirurgia no joelho, o meia informou o Vasco sobre o ocorrido na quinta-feira. O diretor-executivo do clube, René Simões, conversou com o apoiador:
"Falei com o Bernardo há pouco tempo, e a nossa prioridade é dar apoio total ao jogador. Claro que o Vasco não quer ver seu nome envolvido em qualquer coisa que não seja da esfera desportiva. Mas entende que o atleta deve receber suporte do clube em qualquer situação, enquanto os procedimentos legais são tomados", disse.René Simões não quis antecipar se o episódio ocorrido fora de campo pode resultar em multa disciplinar ao jogador, que tem contrato com o Vasco até 2015."Uma coisa é o contrato de trabalho CLT, a outra é o contrato de imagem, que no caso do Bernardo não existe. Primeiro é preciso pensar no lado humano, e depois, no jurídico. Como tomamos conhecimento hoje, ainda não conversei com os advogados do clube" explicou.
sábado, 27 de abril de 2013

OK NET

https://www.facebook.com/oknet.rv

OK NET RIO VERDE

http://oknetms.com.br/

SUPERMERCADO BOM PREÇO

https://picasion.com/

RESTAURANTE IZABEL

http://picasion.com/