Policiais militares em greve permaneciam na Assembleia Legislativa da
Bahia na noite deste domingo (5). A luz no prédio é instável, depois que
a energia elétrica foi cortada por volta das 19h deste domingo (5) e,
desde então, foi acionado o gerador da unidade.
Os policiais grevistas estão acampados na Assembleia desde terça-feira
(31). Muitos trouxeram as mulheres e os filhos, e estão acampados em
salas e corredores. Os PMs reivindicam o aumento de uma gratificação e
anistia para quem aderiu ao movimento.
Também no início da noite, os manifestantes se reuniram com um carro de
som em frente à Assembleia Legislativa. Eles não conversaram com a
imprensa sobre possíveis negociações. No local, há muita água mineral
engarrafada e muito suco em caixa para consumo dos PMs grevistas
Durante a tarde, a tensão no acampamento aumentou com a notícia da chegada de 40 homens do Comando de Operações Táticas, a “tropa de elite”, da Polícia Federal (PF),
que desembarcaram na Base Aérea de Salvador por volta das 12h deste
domingo (5). Eles chegaram à capital baiana para cumprir 11 mandados de
prisão contra PMs grevistas, entre eles, o líder do movimento, Marcos
Prisco.
Sempre cercado por policiais que fazem sua segurança, Prisco, que foi
expulso da PM em 2001, disse que a prisão de policiais militares em
greve é uma "irresponsabilidade. "Eu acho que é uma irresponsabilidade. É
um poder independente, esse pessoal que está aqui não vai aceitar isso,
não é uma posição minha. Eu não cometi nenhum crime", afirmou à
reportagem do "Fantástico".
Pouco antes das 17h30, dois helicópteros realizaram voo baixo na
Assembleia Legislativa. No fim da tarde, helicópteros do exército
sobrevoaram o local durante 15 minutos. Por volta das 17h30, um caminhão
do exército e viaturas da PM foram vistas circulando a Assembleia
Legislativa.
Neste domingo, mais 250 homens das Forças Armadas desembarcaram em Salvador para reforçar a segurança da cidade.