terça-feira, 26 de julho de 2011
RIOVERDEMS | Por PORTAL RIOVERDE NOTICIAS
Países em desenvolvimento superam desenvolvidos pela 1ª vez
Brasil salta para 5º lugar em ranking de atração de investimento externo
De 2009 para 2010, país subiu 10 posições, segundo relatório da Unctad.
País recebeu US$ 48,4 bi e atraiu 3,9% dos investimentos diretos no mundo.
INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO (em US$ bilhões) | ||||
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Ranking em 2010 | País | 2009 | 2010 | |
1º | EUA | 153 | 228 | |
2º | China | 95 | 106 | |
3º | Hong Kong, China | 52 | 69 | |
4º | Bélgica | 24 | 62 | |
5º | Brasil | 26 | 48 | |
6º | Alemanha | 38 | 46 | |
7º | Reino Unido | 71 | 46 | |
8º | Rússia | 36 | 41 | |
9º | Cingapura | 15 | 39 | |
10º | França | 34 | 34 | |
11º | Austrália | 26 | 32 | |
12º | Arábia Saudita | 32 | 28 | |
13º | Irlanda | 26 | 26 | |
14º | Índia | 36 | 25 | |
15º | Espanha | 9 | 25 | |
16º | Canadá | 21 | 23 | |
17º | Luxemburgo | 30 | 20 | |
18º | México | 15 | 19 | |
19º | Chile | 13 | 15 | |
20º | Indonésia | 5 | 13 | |
Fonte: Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) |
O Brasil só ficou atrás de Estados Unidos, China, Hong Kong e Bélgica no ranking dos destinos preferenciais dos fluxos globais de investimento externo no ano passado.
“É a melhor posição já obtida pelo Brasil, que registrou o maior crescimento anual entre os Brics e a quarta maior expansão no mundo em termos de valores absolutos”, afirma Luis Afonso Lima, presidente da Sobeet.
E o Brasil pode subir de posição nos próximos relatórios. Um levantamento feito pela Unctad junto a empresas multinacionais mostra que o Brasil aparece na 4ª posição entre os países mais citados como principal destino dos investimentos previstos até 2013, atrás apenas da China, Estados Unidos e Índia.
Segundo a Unctad, o fluxo de investimento direto no mundo cresceu 5% em 2010, subindo para US$ 1,244 trilhão na comparação com 2009. Apesar desta ter sido a primeira alta em três anos, o volume segue abaixo dos níveis pré-crise em 15% e é 37% menor do que o registrado em 2007 (US$ 1,971 trilhão). Para a Unctad, apenas no ano de 2013, os fluxos globais devem retornar aos patamares anteriores da crise.
“O investimento global é muito insosso ainda. É lento, gradual, arriscado e diferenciado, baseado em poucos setores da indústria e ligado a lucros reinvestidos, o que não é necessariamente capital novo", avalia o presidente da Sobeet.
Segundo o relatório, o cenário pouco otimista é influenciado pelo agravamento da crise de dívidas soberanas de países da Europa e dos Estados Unidos, bem como o agravamento do sobreaquecimento de economias em desenvolvimento, com impactos sobre a inflação destes países.
EUA lideram ranking
Os Estados Unidos continuaram a liderar, no ano passado, o ranking de atração de investimentos estrangeiros, segundo o relatório. O país recebeu em 2010 US$ 228,2 bilhões, volume 49,3% maior dos que os US$ 152,8 bilhões de 2009.
A China manteve-se em segundo lugar, com o valor total subindo de US$ 95 bilhões para US$ 105,7 bilhões, alta de 11%. Hong Kong, que estava em quarto lugar em 2009, com ingresso de US$ 52 bilhões, assumiu o terceiro lugar, com US$ 68,9 bilhões no ano passado. E a Bélgica, que estava na 17ª posição, com US$ 24 bilhões em 2009, ficou em quarto lugar, recebendo US$ 61,7 bilhões em 2010.
Entre os destaques negativos estão a Europa, com queda de 17,3% nos investimentos diretos recebidos, e Índia, com recuo de 28,8%.
O volume de investimentos estrangeiros diretos recebidos pelo Brasil no ano passado corresponde a 3,9% dos fluxos globais. Em 2009, o país recebeu uma fatia de 2,2% dos fluxos globais. Em 2006, o Brasil era destino de 1,3% do dinheiro externo.
Segundo a Sobeet, entre os fatores que têm contribuído para o país atrair um maior volume de investimento estão o crescimento do mercado interno, sobretudo com o avanço da classe C, e as obras e oportunidades relacionados à realização da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Países em desenvolvimento superam desenvolvidos pela 1ª vez
Pela primeira vez na história, os fluxos de investimentos estrangeiros para países em desenvolvimento superaram os recursos aplicados em economias desenvolvidas. Dos US$ 1,185 trilhão, 51,3% tiveram como destino economias em desenvolvimento e 48,4%, países desenvolvidos.terça-feira, 26 de julho de 2011