Ladrão morto por ‘ratoeira’ é caso clássico de legítima defesa da propriedade
SÃO PAULO - Cansado de ter a casa invadida pelo mesmo bandido, na cidade de Formosa, em Goiás, a 75 quilômetros do centro de Brasília, José Geraldo Souza, de 32 anos, montou uma armadilha para o assaltante. Ele usou fios, uma ratoeira, um cano, pólvora e munição utilizada em espingarda e armou o 'artefato' sobre a mesa da cozinha. Quando o criminoso, identificado como Jeferson Evangelista, de 32 anos, invadiu a residência na última quarta-feira, pela porta da cozinha, a armadilha disparou, ele levou um tiro no peito e morreu na hora.
Souza foi indiciado por homicídio doloso. Ele pagou fiança, responderá ao processo em liberdade, mas pode pegar até 30 anos de prisão, caso seja condenado.
- Ele exagerou.Quando o bandido invadiu a casa, a ratoeira desarmou e fez os cartuchos dispararem no peito do ladrão - disse a delegada Renata Machado.
José Geraldo alegou que costuma viajar frequentemente e sua casa já tinha sido invadida pelo menos nove vezes.
Um vizinho de José Geraldo viu o ladrão chegando de bicicleta, ligou para o dono da casa, que pediu que ele chamasse a polícia.
- Quando os policiais chegaram, o bandido já estava morto com um tiro no peito - contou o mecânico Júlio Pereira.
Advogados dizem que o dono da casa pode alegar legítima defesa.
- Mas ele sabia que a arma era letal - diz a delegada.
José Geraldo também foi indiciado por porte ilegal de arma.sábado, 16 de julho de 2011