Adolescente é agredido por professor de jiu-jítsu durante aula no ES
Um adolescente de 13 anos foi agredido por um professor de artes marciais na manhã desta quarta-feira (20), durante uma aula de jiu-jítsu na Escola Municipal Angelo Zani, no bairro Mucuri, em Cariacica, na Grande Vitória. O suspeito confessou a agressão. Ele foi detido na Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA), em Jucutuquara, Vitória, nesta tarde, pagou fiança de um salário mínimo e foi liberado.
(Correção: ao ser publicada, esta reportagem errou ao identificar o suspeito como professor de judô. O erro foi corrigido às 20h46.)
O menino foi levado pela mãe à DPCA no início da tarde para prestar queixa. Ele possuía marcas de agressão no rosto e no pescoço. A mãe disse que a escola não a avisou do ocorrido e que houve omissão com o caso. "Eu fiquei sabendo do acontecido por um amigo do meu filho que me ligou, quando eu cheguei na escola, ele já estava com gelo no rosto na diretoria", afirmou.
Logo depois, o professor, que tem 27 anos, se apresentou na delegacia para prestar esclarecimentos à polícia. Ele confessou a agressão.
De acordo com o professor, o aluno estava ouvindo música no celular e não o desligou quando solicitado. "Eu pedi pra ele desligar o celular e ele fez 'bullyng' comigo, me chamou de gordo. Eu tentei imobiliza-lo e ele me deu um soco. Eu acertei ele também", disse.
Segundo o delegado Marcelo Nolasco, a agressão do professor foi totalmente descabida. "Foi uma agressão grave, que demonstra total descontrole emocional", disse. O professor pagou fiança de um salário mínimo no final da tarde e foi liberado.
Professor faz parte de projeto do Governo Federal
De acordo com a Prefeitura Municipal de Cariacica, o professor em questão é monitor voluntário do projeto social Mais Educação, do governo federal. Ainda segundo a prefeitura, ele foi ouvido pelo diretor da escola, que fez um registro por escrito e entregou à coordenação do projeto, pedindo o afastamento do indivíduo.
A prefeitura também contestou a versão da mãe, alegando que a direção da escola prestou atendimento ao aluno agredido, e também se colocou a disposição da família para transportá-los a delegacia para o registro da ocorrênciaquinta-feira, 21 de julho de 2011