Brigas em Praça de Bandeirantes apavoram vereadores e a sociedade

Na última sessão da Câmara de Vereadores de Bandeirantes, realizada na terça-feira (21), a vereadora Milane Belli de Lana Paiva (PDT), fez uso da tribuna para expressar sua indignação com a situação que presenciou na praça durante o último dia da festa de aniversário do município.
Milane contou que havia na praça cerca de quinze brigas simultâneas e que envolviam em sua maioria adolescentes. “Era um verdadeiro arrastão, tinha mais de 100. Guri caído ao chão, no asfalto, outros batendo. Foi apavorante e eu pensei que aquilo não podia estar acontecendo aqui em Bandeirantes. Foi muito triste. Fiquei ali orando pedindo misericórdia a Deus”.
A vereadora destacou a ação da polícia que tentava acabar com as brigas, mas eram muitas ao mesmo tempo. A polícia fazia o que podia, mas não tinha condições de atender tudo aquilo de briga, porque era briga por todos os lados”.

Tumulto

A narrativa da vereadora é de chocar qualquer cidadão. Eram jovens e adolescentes, muitos menores de idades, em total estado de embriagues. Uma situação caótica que precisa ter atitudes drásticas.
A vereadora contou os fatos, que mais lembravam uma guerra, onde jovens brigavam com faca nas mãos. Pessoas que tentavam minimizar as brigas acabaram se ferindo.
O perigo para quem estava no local, apenas para se divertir com a família e até mesmo para os moradores da região. Um tumulto semelhante aos conhecidos arrastões, tão famosos na cidade do Rio de Janeiro.
Milane descreveu a praça após a briga como um lugar desolador. “Era garrafa de uísque, garrafa de pinga, chinelo jogado, chinelo arrebentado, muitas garrafas de uísque, essa gurizada bebe mesmo. Não sei como vendem para menores. Não sei. Só sei que a sociedade precisa se unir, por que eu não sei o que será da nossa geração”.

Atitude

A vereadora convocou a sociedade e de forma especial as autoridades para que façam algo para mudar a situação dos jovens e adolescentes, por meio de um trabalho de conscientização.
Milane propôs a realização de palestras, reuniões com os pais e um plano conjunto com a Prefeitura. “Mas enquanto a sociedade não tomar uma atitude, pais, autoridades, escolas e também os comerciantes, eu não sei. Ontem, foi por Deus que não morreram uns dois ali. Eu nunca vi uma coisa dessas”.
Para a vereadora o assunto é sério e urgente. “Este assunto que nós estamos conversando, é um assunto que é muito grave e às vezes a gente vai deixando acontecer”.
A vereadora destacou o trabalho do Conselho Tutelar, que em muitas destas situações é criticado pelos próprios pais dos menores, que estão nas ruas consumindo bebidas alcoólicas.(sexta-feira, 24 de junho de 2011